1 Meu prezado irmão, que a paz de Jesus derrame sobre o seu coração as suas bênçãos divinas.
2 Em nossa tarefa de consolação e de amor, não nos detenhamos na contemplação das pedras do caminho.
3 Se a análise é um esforço sagrado com os que tenham olhos de ver e coração para sentir, o atrito de opiniões nos bastidores das ideias religiosas, sem que hajam nos Espíritos, a mesma capacidade de visão espiritual e o mesmo sentimento de fraternidade e de amor nos corações, torna-se numa pedra que pode paralisar, indefinidamente, a nova marcha para Deus.
4 Com respeito às teses do Consolador, que consubstanciam a Terceira Revelação, em face da Igreja romana, mais que nós, acima de quaisquer polêmicas ou comentários, falam as misérias e as ruínas da suposta consciência cristã nesta hora amarga do mundo, fruto das cogitações políticas do Papado.
5 Não nos cabe discutir qualquer ponto de vista particular, em matéria religiosa. Cada qual deve guardar a sua concepção, de conformidade com a sua “zona lúcida”.
6 E são poucos os que a preferem conservar na zona de seus imperativos de ordem econômica, no complexo das atividades sociais.
7 O nosso esforço é o da cristianização, dentro da certeza de que todas as ilusões cairão por si mesmas, sem que o Senhor para destruir os falsos ídolos necessite mobilizar os processos agressivos do mundo.
8 Em nossos labores doutrinários, não nos impressionemos com os longos discursos e com os amontoados de palavras. 9 Aos subterfúgios e à intoxicação intelectual, respondamos com a nossa tarefa de edificação e de nosso trabalho, como quem sabe que cada um deve responder por suas próprias obras.
10 São elas que salvam ou condenam os homens, longe das escolas religiosas a que se hajam filiado nas inquietações terrestres.
11 E quanto ao mais, lembremos que o Mestre Divino recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo, ( † ) na sua semeadura bendita. Suas mãos misericordiosas saberão guardar os frutos da verdade na ocasião da ceifa.
12 Oremos pelos nossos irmãos que não nos compreendem e não perturbemos a nossa marcha para Deus, cultivando qualquer cristalização do caminho.
Emmanuel
(Mensagem dirigida a um irmão solicitante, em 14 de abril de 1939.)