1 De alma confrangida, observas os semelhantes, considerados na Terra em faltas e culpas maiores que as tuas.
2 De muitos deles, tens notícias que assombram, e sabes de outros muitos positivamente estirados na delinquência.
3 Agitam-se alguns, por ignorância, sob as tenazes do crime.
4 Vários conhecem que amargas consequências recolherão, mais tarde, e, apesar disso, rendem-se, inermes, às garras da tentação.
5 Declaram-se outros adeptos da virtude e rolam na crueldade.
6 E outros, ainda, que te animavam à fé, permanecem na retaguarda, entregues ao desespero…
7 Junto deles, há quem diga: “são almas empedernidas”.
8 E há quem reforce: “são feras em forma humana”.
9 Entretanto, ainda mesmo te arroles
entre as vítimas, carregando o peito dilacerado, não ergas a voz para
persegui-los. Estão marcados em si mesmos pelo remorso que trazem
no seio.
10 Não é necessário te aproximes
com vergastas para zurzir-lhes a carne. Além de sitiados na dor
do arrependimento, quase sempre transitam em cárceres de amargura ou
respiram exilados do carinho doméstico, sorvendo lágrimas de aflição.
11 Em lugar de fel e desprezo, dá-lhes amor e esperança, a fim de que despertem a vontade entorpecida para o campo do bem.
12 Diante de todos eles, nossos irmãos enganados na sombra, abençoa e ora… E, se te agridem, desvairados e inconscientes, abençoa e ora, de novo, na certeza de que Deus a ninguém abandona e, ainda mesmo para os filhos mais depravados, providenciará reajuste, através da reencarnação, que é a escola da vida, a levantar-se, divina, do bendito colo de mãe.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada originalmente em 1962 pela FEB, e é a 16ª lição do
livro “Justiça Divina.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.