O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Escultores de almas — Autores diversos


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Iniciação mediúnica n

1 ASSINALAS contigo o fenômeno mediúnico e ante as emoções diferentes que te invadem o mundo íntimo, experimentas a perturbação e a dor…
Em vista disso, rogas orientação e socorro.

2 Não olvides, porém, que o problema reside em ti mesmo e que não te reajustarás sem a própria cooperação.


3 O médico poderá ser competente e caritativo, entretanto, não dispõe de recursos para salvar o enfermo que não deseja curar-se.


4 Se pretendes equilíbrio e segurança, antes de tudo, através da oração, solicita a Divina Providência te auxilie a policiar a própria mente, sustentando o bem a teu próprio favor.

5 Em seguida, trabalha na extensão desse mesmo bem, quanto estiver ao teu alcance, porque todos os processos de obsessão, quase sempre nascidos da força mediúnica inconsciente, crescem na medida de tuas horas inúteis.


6 Assim sendo, ainda mesmo com sacrifício cumpre teus deveres no lar ou no círculo de trabalho em que o Senhor te situou a existência, empregando o cérebro e o coração naquilo que possas realizar de melhor. 7 E, além das obrigações naturais que te enriquecem a luta, refugia-te no estudo nobre e na caridade incansável, alavancas seguras de tua libertação.


8 O livro edificante opera o saneamento da alma, descerrando-te os mais elevados caminhos da Terra e o serviço prestado desinteressadamente ao próximo ampara-te com os valores da simpatia, angariando-te as bênçãos do Céu.


9 O doente a quem ajudas será remédio em tuas feridas e o desesperado a quem reconfortas será consolo em teu coração.


10 Não reclames do Cristo o milagre de teu reajuste. Pede ao Mestre Divino te conceda serviço e entendimento, para que restaures a ti próprio, enfileirando-te entre os servidores leais da luz.

11 Não te queixes dos adversários e perseguidores desencarnados. Eles são nossos próprios companheiros, afetos do nosso “ontem”, que deixamos à retaguarda, em muitas circunstâncias, envenenados por nossas próprias ações destrutivas.


12 Se aguardamos proteção e carinho dos benfeitores que se erguem na Altura, acima de nós, como fugir ao concurso aos nossos irmãos menos felizes, que sofrem, dementados, entre a delinquência e a miséria, para que se retirem do tenebroso vale das sombras, ao qual, muitas vezes, se arrojaram com o impensado impulso de nossas mãos?


13 Oferece-lhes, assim, o teu exemplo vivo na paciência e na abnegação, na fé e na caridade, na tolerância e no dever dignamente cumprido, para que leiam em tua vida a cartilha da própria transformação.


14 Não basta, pois, desenvolver a mediunidade que trazes, latente. É indispensável te aprimores, através do trabalho e da prece, com bases na fraternidade e no estudo, para que te faças operário do Cristo com que o Cristo possa contar.


15 Não percas tempo, entre o anestésico do desânimo e o fel da lamentação.


16 Devotemo-nos ao bem de todos, aprendendo e auxiliando, amando e servindo sempre.

17 Ser “médium” significa ser “medianeiro”.


18 Não vale, desse modo, apenas guardar o título. É imprescindível a nossa expansão no discernimento e no mérito, na compreensão e na bondade, com utilidade para os outros e aperfeiçoamento de nós mesmos, que nos habilitem a ser devotados artífices do amor e fiéis mensageiros da luz.


Emmanuel



[1] Essa mensagem foi publicada originalmente em 21/02/1987 pela editora CEU, e é a 7ª lição do livro “Temas da vida.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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