O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Estamos no Além — Familiares diversos


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Campeão de basquete faz a grande jogada da esperança

Quase dois anos após a separação brusca de seu filho único — jovem de 20 anos, no auge da fama como grande craque de basquete —, D. Maria Stíbolo de Salas recebeu, em Uberaba, bela mensagem do Mundo Espiritual, reencontrando-se com seu querido Roberto — o popular Garibaldo —, que lhe ofertou notícias e orientações perfumadas com muito amor.

“Se a mensagem nos trouxe paz, luz, ensinamentos cristãos e mais confiança em Deus, como não nos sentirmos beneficiados?”, afirmou-nos D. Maria, categórica, em entrevista recente.

E, completando sua análise, ela observou que tudo isso foi exposto dentro de seu estilo de falar, bem característico, sempre com bom humor e algumas gírias.

Vamos conhecê-la?


MENSAGEM n


“Ficou a saudade, mas vamos abatê-la com a força da esperança. Confiemos. Estaremos todos juntos.”

1 Querida mãezinha, peço-lhe me abençoe.

2 Venho até aqui com o meu avô Diógenes n para rogar-lhe muita aceitação ante as Leis Divinas.

3 Mãezinha, explique a meu pai que o Garibaldo n não morreria, e por isto, me reconheço aqui sem vontade de comentar o meu caso, com lágrimas que possam apagar a chama da nossa alegria de viver. 4 O acidente que me trouxe para este Lado Diferente da Vida, foi semelhante a outros. Compreendi para logo que a carreira terminara ali naquele ponto em que o meu uniforme da escola terrestre se fizera sem conserto. Compreendi e aceitei.

5 Entre os meus colegas de partidas e partidas muitas vezes repetíamos o slogan — “Os jovens também morrem”. Por isso, de algum modo não me faltava preparação. Agora precisamos imprimir nova direção ao volante da vida. Reconhecer que existem outros Robertos necessitados de socorro.

6 Espero que o seu coração e meu pai Diogo n me favoreçam com essa virada. Não estou fornecendo alguma de santo. Quero dizer que vou compreendendo a extensão da família extra-paredes. n

7 Mamãe, não pense com tanta dor em minha ausência. Novo dia aconteceu. É preciso vivê-lo com a fortaleza de ontem. Não parar na ideia de angústia é obrigação nossa. Temos muito a fazer e a construir aqui e também aí.

8 A vovó Faustina n me guardou nos braços. Se registrei alguma impressão de dor, foi apenas a de arranhões que sararam depressa. Ficou a saudade, mas vamos abatê-la com a força de esperança. Confiemos. Estaremos todos juntos.

9 Não desejo falar ao seu carinho, nesta carta, com a emoção por cima de meus raciocínios. O que aconteceu é que cheguei onde todos chegarão. 10 Decerto que desejo a todos os amigos e a todos os companheiros de experiência humana uma permanência longa aí na Terra, mas que a viagem do retorno é certa, disso ninguém duvide. 11 Desse, modo, procuremos povoar o tempo com a felicidade para os outros porque nesse tipo de felicidade encontraremos a nossa.

12 Estimaria escrever muito para acentuar a nossa fé no futuro e vê-la sorrir, mas o tempo é escasso nas possibilidades de que disponho.

13 Querida mãezinha, a meu pai os meus pensamentos de respeito e de gratidão misturados do imenso amor que ele me ensinou a cultivar, e para o seu carinho, todo o carinho e reconhecimento do seu filho


Roberto

Garibaldo.

Roberto de Salas. n


NOTAS E IDENTIFICAÇÕES


1 — Psicografada por F. C. Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, a 10/8/1979, em Uberaba, Minas.


2 — Avô Diógenes — Diógenes de Salas Soler, falecido em 1971.


3 — Meu pai — Diogo de Salas Fortunato. Residência da família: Rua dos Ciclames, 152, São Paulo, Capital.


4 — Vou compreendendo a extensão da família extra-paredes — Refere-se à grande família espiritual de cada um de nós.


5 — Vovó Faustina — Faustina Fortunato Salas, falecida em 1961.


6 — Roberto de Salas — Nasceu em 14/4/1957 e desencarnou em acidente automobilístico, na cidade de São Paulo, a 12/11/1977. Iniciou-se no basquete pelos juvenis do Tênis Clube de São José dos Campos, onde o técnico Edvar o apelidou de Garibaldo. Em 1976, foi convidado a integrar a equipe do Jockey Club de Goiânia, época em que, jogando pela seleção principal de Goiás, sagrou-se Campeão Brasileiro. Foi Campeão Panamericano ao integrar a seleção de novos. Quando faleceu era titular e técnico dos infantis do S. C. Corinthians Paulista, da Capital.


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