1 Confio o pensamento a sonho terno
Em holocausto mudo à Divindade,
E sinto a redenção de todo inferno
Na blandícia da paz, que em luz me invade.
2 À carícia invisível me prosterno
E por mais clame a dor e a treva brade,
Deus fulgura qual facho doce e eterno
Suporte vivo da imortalidade.
3 Há traços resplendentes de mil vidas
E destroços das épocas perdidas
No mar turbilhonante de mim mesmo.
4 Seguimos… Eu e o sonho que delivro,
Páginas paralelas de um só livro,
No livro do Universo aberto a esmo…
Orlando Teixeira
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