1 Quando os olhos abri para esta vida,
E senti todo o anseio dos humanos,
Procurei desvendar os mil arcanos
Que obumbravam minh’alma embrutecida.
2 E através do concurso de alguns anos,
Em resposta à minha ânsia dolorida,
Uma voz respondeu-me, esclarecida,
Toda isenta de túrbidos enganos:
3 “Lembra sempre, ó imortal, que além do mundo,
Onde o teu sofrimento é tão profundo,
Onde o gozo vem da própria dor,
4 Deus existe na luz do Ilimitado,
Soberano, Insondável, Incriado,
Na grandeza sem par do Seu amor!”
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