1 Do palácio triunfal, onde não se empana
A alegria terreal que ali passa veloz,
Ao tugúrio sem pão, à mísera choupana,
Onde se há derramado o pranto mais atroz,
2 Como um anjo de luz assim veremos nós
A operar o progresso, em sua luta insana,
Essa obreira de Deus, a cuja humilde voz
Humilhada se curva a alma que se engana!
3 Mensageira do Pai, grande obreira da vida!
Proletária da Luz, que não és compreendida,
Quando ofertas à alma a celeste oblação,
4 És, ó dor, a alvorada sublime
Dessa paz, desse amor, que a nossa alma redime,
Que consiste de Deus no grandioso perdão!
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