| 16 de julho de 1928.
1 A qualquer hora ou a qualquer dia da nossa existência, em que sentirmos cravado no nosso peito, lacerando-o, arrebatando-nos todas as alegrias, o punhal aguçado da dor — a cultivadora de almas —, exultemos de contentamento e prazer! 2 Regozijemo-nos, pois é nesse instante solene que soa para os nossos Espíritos desterrados a alvorada do progresso — manhã de luz e de amor! 3 É nessa hora sublime que as nossas almas ascendem ao trono do Senhor do Universo, escalando o Infinito, buscando a verdadeira pátria, num grito angustiado que os nossos corações são impotentes para sufocar. 4 E, então, na nossa mente, como se desfizessem cerradas brumas ao calor do sol vivificante, recordamos, nós, os exilados da Terra, que devemos obediência ao Pai de Infinita Misericórdia, de imensa justiça e incomensurável amor, que é Deus!
5 Irmãos, recebamos a dor com a resignação dos mártires, pois ela é o orvalho bendito que, rociando os Espíritos, torna-os quais flores viçosas e perfumadas. 6 Ela é a mensageira da luz! Aceitemo-la, pois, genuflexos, com os olhos fitos no céu e o coração cheio de fé. 7 Recebamo-la tranquilos, exultando de alegria, porque ela é a escada luminosa que o Soberano do Amor estende aos nossos pobres Espíritos náufragos da Terra — para que subamos às moradas felizes, onde só impera o amor! 8 Recebamo-la cônscios de que ela é a chuva de bênçãos dulcificantes do Senhor do Universo. Exultemos, pois!
F. Xavier