1 Ó vós, os que buscais o extenso mar da vida
O porto do descanso — um pouco de ventura,
Ó não vos importeis com uma ilusão perdida
E nem deveis chorar a gélida amargura!
2 Chorar? Para que chorar se a vida é uma corrida,
Um momento fugaz e que tão pouco dura?
Para que lamentar se a nossa grande lida
É o cadinho febril que torna a alma pura?
3 Para que desmanchar em prantos dolorosos
Os nossos ideais e os dias tão formosos,
Nos quais sonhamos em esperança e luz?
4 Ó, não, não acabeis com a vossa vida bela,
Pois cada uma alma tem uma brilhante estrela,
Que a fortalece e anima, ampara e conduz.
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