“Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?” — Jesus. (LUCAS, 23.31)
1 Jesus é a videira eterna, cheia de seiva divina, espalhando ramos fartos, perfumes consoladores e frutos substanciosos entre os homens, e o mundo não lhe ofereceu senão a cruz da flagelação e da morte infamante.
2 Desde milênios remotos é o Salvador, o puro por excelência.
3 Que não devemos esperar, por nossa vez, criaturas endividadas que somos, representando galhos ainda secos na árvore da vida?
4 Em cada experiência, necessitamos de processos novos no serviço de reparação e corrigenda. Somos madeiros sem vida própria, que as paixões humanas inutilizaram, em sua fúria destruidora.
5 Os homens do campo metem a vara punitiva nos pessegueiros, quando suas frondes raquíticas não produzem. O efeito é benéfico e compensador.
6 O martírio do Cristo ultrapassou os limites de nossa imaginação. Como tronco sublime da vida, sofreu por desejar transmitir-nos sua seiva fecundante.
7 Como lenhos ressequidos, ao calor do mal, sofremos por necessidade, em favor de nós mesmos. 8 O mundo organizou a tragédia da cruz para o Mestre, por espírito de maldade e ingratidão; mas, nós outros, se temos cruzes na senda redentora, não é porque Deus seja rigoroso na execução de suas leis, mas por ser Amoroso Pai de nossas almas, cheio de sabedoria e compaixão nos processos educativos.
Emmanuel