“Mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” — (TIAGO, 1.19)
1 Analisar, refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir. 2 É indispensável que a criatura esteja sempre disposta a identificar o sentido das vozes, sugestões e situações que a rodeiam.
3 Sem observação, é impossível executar a mais simples tarefa no ministério do bem. Somente após ouvir, com atenção, pode o homem falar de modo edificante na estrada evolutiva.
4 Quem ouve, aprende. Quem fala, doutrina. Um guarda, outro espalha.
5 Só aquele que guarda, na boa experiência, espalha com êxito.
6 O conselho do apóstolo é, portanto, de imorredoura oportunidade.
7 E forçoso é convir que, se o homem deve ser pronto nas observações e comedido nas palavras, deve ser tardio em irar-se.
8 Certo, o caminho humano oferece, diariamente, variados motivos à ação enérgica; entretanto, sempre que possível, é útil adiar a expressão colérica para o dia seguinte, porquanto, por vezes, surge a ocasião de exame mais sensato e a razão da ira desaparece.
9 Tenhamos em mente que todo homem nasce para exercer uma função definida. 10 Ouvindo sempre, pode estar certo de que atingirá serenamente os fins a que se destina, mas, falando, é possível que abandone o esforço ao meio, e, irando-se, provavelmente não realizará coisa alguma.
Emmanuel