“Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.” — Jesus. (JOÃO, 8.45)
1 O mundo sempre distingue ruidosamente os expositores de fantasias.
2 É comum observar-se, quase em toda parte, a vitória dos homens palavrosos, que prometem milagres e maravilhas. Esses merecem das criaturas grande crédito. Basta encobrirem a enfermidade, a fraqueza, a ignorância ou o defeito dos homens, para receberem acatamento. 3 Não acontece o mesmo aos cultivadores da verdade, por mais simples que esta seja. Através de todos os tempos, para esses últimos, a sociedade reservou a fogueira, o veneno, a cruz, a punição implacável.
4 Tentando fugir à angustiosa situação espiritual que lhe é própria, inventou o homem a “buena-dicha”, impondo, contudo, aos adivinhadores o disfarce dourado das realidades negras e duras. 5 O charlatão mais hábil na fabricação de mentiras brilhantes será o senhor da clientela mais numerosa e luzida.
6 No intercâmbio com a Esfera invisível, urge que os novos discípulos se precatem contra os perigos desse jaez.
7 A técnica do elogio, a disposição de parecer melhor, o prurido de caminhar à frente dos outros, a presunção de converter consciências alheias, são grandes fantasias. É necessário não crer nisso. 8 Mais razoável é compreender que o serviço de iluminação é difícil, a principiar do esforço de regeneração de nós mesmos. 9 Nem sempre os amigos da verdade são aceitos. Geralmente são considerados fanáticos ou mistificadores, mas… apesar de tudo, para a nossa felicidade, faz-se preciso atender à verdade enquanto é tempo.
Emmanuel