“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias.” — (ATOS, 19.11)
1 O Evangelho não nos diz que Paulo de Tarso fazia maravilhas, mas que Deus operava maravilhas extraordinárias por intermédio das mãos dele.
2 O Pai fará sempre o mesmo, utilizando todos os filhos que lhe apresentarem mãos limpas.
3 Muitos Espíritos, mais convencionalistas que propriamente religiosos, encontraram nessa notícia dos Atos uma informação sobre determinados privilégios que teriam sido concedidos ao Apóstolo.
4 Antes de tudo, porém, é preciso saber que semelhante concessão não é exclusiva. A maioria dos crentes prefere fixar o Paulo santificado sem apreciar o trabalhador militante.
5 Quanto custou ao Apóstolo a limpeza das mãos? Raros indagam relativamente a isso.
6 Recordemos que o amigo da gentilidade fora rabino famoso em Jerusalém, movimentara-se entre elevados encargos públicos, detivera dominadoras situações; 7 no entanto, para que o Todo-Poderoso lhe utilizasse as mãos, sofreu todas as humilhações e dispôs-se a todos os sacrifícios pelo bem dos semelhantes. 8 Ensinou o Evangelho sob zombarias e açoites, aflições e pedradas. 9 Apesar de escrever luminosas epístolas, jamais abandonou o tear humilde até à velhice do corpo.
10 Considera as particularidades do assunto e observa que Deus é sempre o mesmo Pai, que a misericórdia divina não se modificou, mas pede mãos limpas para os serviços edificantes, junto à Humanidade. Tal exigência é lógica e necessária, pois o trabalho do Altíssimo deve resplandecer sobre os caminhos humanos.
Emmanuel