“Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César.” — Paulo. (FILIPESES, 4.22)
1 Muito comum ouvirmos observações descabidas de determinados irmãos na crença, relativamente aos companheiros chamados a tarefas mais difíceis, entre as possibilidades do dinheiro ou do poder.
2 A piedade falsa está sempre disposta a criticar o amigo que, aceitando laborioso encargo público, vai encontrar nele muito mais aborrecimentos que notas de harmonia. 3 A análise desvirtuada tudo repara maliciosamente. Se o irmão é compelido a participar de grandes representações sociais, costuma-se estigmatizá-lo como traidor do Cristo.
4 É necessário despender muita vigilância nesses julgamentos.
5 Nos tempos apostólicos, os cristãos de vida pura eram chamados “santos”. Paulo de Tarso, humilhado e perseguido em Roma, teve ocasião de conhecer numerosas almas nessas condições, e o que é mais de admirar — conviveu com diversos discípulos de semelhante posição, relacionados com a habitação palaciana de César. Deles recebeu atenções e favores, assistência e carinho.
6 Escrevendo aos filipenses, faz menção especial desses amigos do Cristo.
7 Não julgues, pois, a teu irmão pela sua fortuna aparente ou pelos seus privilégios políticos. Antes de tudo, lembra-te de que havia santos na casa de Nero † e nunca olvides tão grandiosa lição.
Emmanuel
[1] [Estamos na 1ª edição desse livro, em outras edições o título é: “Na casa de César”.]