“Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis.” — (MATEUS, 20.22)
1 A maioria dos crentes dirige-se às casas de oração, no propósito de pedir alguma coisa.
2 Raros os que aí comparecem, na verdadeira atitude dos filhos de Deus, interessados nos sublimes desejos do Senhor, quanto à melhoria de conhecimentos, à renovação de valores íntimos, ao aproveitamento espiritual das oportunidades recebidas de Mais Alto.
3 A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. 4 Quase todos, porém, preferem o ato de insistir, de teimar, de se imporem ao paternal carinho de Deus, no sentido de lhe subornarem o Poder Infinito. 5 Pedinchões inveterados, abandonam, na maior parte das vezes, o traçado reto de suas vidas, em virtude da rebeldia suprema nas relações com o Pai.
6 Tanto reclamam, que lhes é concedida a experiência desejada. Sobrevêm desastres. Surgem as dores. 7 Em seguida, aparece o tédio, que é sempre filho da incompreensão dos nossos deveres.
8 Provocamos certas dádivas no caminho, adiantamo-nos na solicitação da herança que nos cabe, exigindo prematuras concessões do Pai, à maneira do filho pródigo, mas o desencanto constitui-se em veneno da imprevidência e da irresponsabilidade.
9 O tédio representará sempre o fruto amargo da precipitação de quantos se atiram a patrimônios que lhes não competem.
10 Tenhamos, pois, cuidado em pedir, porque, acima de tudo, devemos solicitar a compreensão da vontade de Jesus a nosso respeito.
Emmanuel