“E disse-lhes: Onde está a vossa fé?” — (LUCAS, 8.25)
1 A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
2 Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
— Onde está a vossa fé?
3 O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
4 Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.
5 Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. 6 É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
7 Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor. Sem isso, seria impossível aferir valores.
8 Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. 9 E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:
— Onde está a vossa fé?
10 E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.
Emmanuel