“Então, começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença e tens ensinado nas nossas ruas.” — Jesus. (LUCAS, 13.26)
1 O versículo de Lucas, aqui anotado, refere-se ao pai de família que cerrou a porta aos filhos ingratos.
2 O quadro reflete a situação dos religiosos de todos os matizes que apenas falaram, em demasia, reportando-se ao nome de Jesus. 3 No dia da análise minuciosa, quando a morte abre, de novo, a porta espiritual, eis que dirão haver “comido e bebido” na presença do Mestre, cujos ensinamentos conheceram e disseminaram nas ruas.
4 Comeram e beberam apenas. Aproveitaram-se dos recursos egoisticamente. 5 Comeram e acreditaram com a fé intelectual. Beberam e transmitiram o que haviam aprendido de outrem. 6 Assimilar a lição na existência própria não lhes interessava a mente inconstante.
7 Conheceram o Mestre, é verdade, mas não o revelaram em seus corações. 8 Também Jesus conhecia Deus; no entanto, não se limitou a afirmar a realidade dessas relações. Viveu o amor ao Pai, junto dos homens. 9 Ensinando a verdade, entregou-se à redenção humana, sem cogitar de recompensa. 10 Entendeu as criaturas antes que essas o entendessem, 11 concedeu-nos supremo favor com a sua vinda, deu-se em holocausto para que aprendêssemos a ciência do bem.
12 Não bastará crer intelectualmente em Jesus. É necessário aplicá-lo a nós próprios.
13 O homem deve cultivar a meditação no círculo dos problemas que o preocupam cada dia. 14 Os irracionais também comem e bebem. Contudo, os filhos das nações nascem na Terra para uma vida mais alta.
Emmanuel