“Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.” — (MARCOS, 1.24)
1 Grande erro supor que o Divino Mestre houvesse terminado o serviço ativo, no Calvário.
2 Jesus continua caminhando em todas as direções do mundo; seu Evangelho redentor vai triunfando, palmo a palmo, no terreno dos corações.
3 Semelhante circunstância deve ser lembrada porque também os Espíritos maléficos tentam repelir o Senhor diariamente.
4 Refere-se o evangelista a entidades perversas que se assenhoreavam do corpo da criatura. Entretanto, essas inteligências infernais prosseguem dominando vastos organismos do mundo.
5 Na edificação da política, erguida para manter os princípios da ordem divina, surgem sob os nomes de discórdia e tirania; 6 no comércio, formado para estabelecer a fraternidade, aparecem com os apelidos de ambição e egoísmo; 7 nas religiões e nas ciências, organizações sagradas do progresso universal, acodem pelas denominações de orgulho, vaidade, dogmatismo e intolerância sectária.
8 Não somente o corpo da criatura humana padece a obsessão de Espíritos perversos. Os agrupamentos e instituições dos homens sofrem muito mais.
9 E quando Jesus se aproxima, através do Evangelho, pessoas e organizações indagam com pressa: — Que temos com o Cristo? Que temos a ver com a vida espiritual?
10 É preciso permanecer vigilante à frente de tais sutilezas, porquanto o adversário vai penetrando também os círculos do Espiritismo evangélico, vestido nas túnicas brilhantes da falsa ciência.
Emmanuel