“Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos e compreendam no coração e se convertam e eu os cure.” — (JOÃO, 12.40)
1 Os planos mais humildes da Natureza revelam a Providência Divina, em soberana expressão de desvelo e amor.
2 Os lírios não tecem, as aves não guardam provisões e misteriosa força fornece-lhes o necessário. ( † )
3 A observação sobre a vida dos animais demonstra os extremos de ternura com que o Pai vela pela Criação desde o princípio: aqui, uma asa; acolá, um dente a mais; ali, desconhecido poder de defesa.
4 Afirma-se a grande revelação de amor em tudo.
5 No entanto, quando o Pai convoca os filhos à cooperação nas suas obras, eis que muita vez se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos, não em deveres nobres e construtivos, mas em novas exigências; 6 então, faz-se preciso que o coração se lhes endureça cada vez mais, porque, fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento na restauração indispensável das leis eternas desse mesmo amor divino. 7 Quando nada enxergam além dos aspectos materiais da paisagem transitória, sobrevém, inopinadamente, a luta depuradora.
8 É quando Jesus chega e opera a cura.
9 Só então torna o ingrato à compreensão da Magnanimidade Divina.
10 O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: — Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido.
Emmanuel