“Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes.” — Jesus. (MATEUS, 24.16)
1 Referindo-se aos instantes dolorosos que assinalariam a renovação planetária, aconselhou o Mestre aos que estivessem na Judeia procurar os montes. 2 A advertência é profunda, porque, pelo termo “Judeia”, devemos tomar a “região espiritual” de quantos, pelas aspirações íntimas, se aproximem do Mestre para a suprema iluminação.
3 E a atualidade da Terra é dos mais fortes quadros nesse gênero. Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas. 4 Venenos mortíferos são inoculados pela política inconsciente nas massas populares. 5 A baixada está repleta de nevoeiros tremendos. Os lugares santos permanecem cheios de trevas abomináveis. 6 Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios. Aduba-se o chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.
7 É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na Judeia para os “montes” das ideias superiores. 8 É indispensável manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a cooperação elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que aí consolide a sua posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que, após a passagem dos homens da perturbação, portadores de destroços e lágrimas, são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o edifício da vida.
Emmanuel