“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” — Paulo. (1 CORÍNTIOS, 15.19)
1 O exame do versículo fornece ao estudioso explicações muito claras.
2 É natural confiar em Cristo e aguardar n’Ele, mas que dizer da angústia da alma atormentada no círculo de cuidados terrestres, esperando egoisticamente que Jesus lhe venha satisfazer os caprichos imediatos?
3 Seria razoável contar com o Senhor tão só nas expressões passageiras da vida fragmentária?
4 É indispensável descobrir a grandeza do conceito de “vida”, sem confundi-lo com “uma vida”. 5 Existir não é viajar da zona de infância, com escalas pela juventude, madureza e velhice, até ao porto da morte; é participar da Criação pelo sentimento e pelo raciocínio, é ser alguém e alguma coisa no concerto do Universo.
6 Na condição de encarnados, raros assuntos confundem tanto como os da morte, interpretada erroneamente como sendo o fim daquilo que não pode desaparecer.
7 É imprescindível, portanto, esperar em Cristo com a noção real da eternidade. A filosofia do imediatismo, na Terra, transforma os homens em crianças.
8 Não vos prendais à idade do corpo físico, às circunstâncias e condições transitórias. Indagai da própria consciência se permaneceis com Jesus. E aguardai o futuro, amando e realizando com o bem, convicto de que a esperança legítima não é repouso e, sim, confiança no trabalho incessante.
Emmanuel