“E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo, e, na época da tentação, se desviam.” — Jesus. (LUCAS, 8.13)
1 A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no entanto, convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para significar a firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da fé”. ( † )
2 O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época das tentações.
3 Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências imprescindíveis.
4 Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.
5 O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.
6 Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará tranquilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.
7 Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.
8 Respeitemos a firmeza de fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.
Emmanuel