O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Caminho, Verdade e Vida — Emmanuel


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Nem todos

“E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar.” — (LUCAS, 9.28)


1 Digna de notar-se a atitude do Mestre, convidando apenas Simão e os filhos de Zebedeu para presenciarem a sublime manifestação do monte, quando Moisés e outro emissário divino estariam em contato direto com Jesus, aos olhos dos discípulos.

2 Por que não convocou os demais companheiros?

3 Acaso Filipe ou André não teriam prazer na sublime revelação? Não era Tomé um companheiro indagador, ansioso por equações espirituais? 4 No entanto, o Mestre sabia a causa de suas decisões e somente Ele poderia dosar, convenientemente, as dádivas do conhecimento superior.

5 O fato deve ser lembrado por quantos desejem forçar a porta do Plano Espiritual.

6 Certo, o intercâmbio com esse ou aquele núcleo de entidades do Além é possível, mas nem todos estão preparados, a um só tempo, para a recepção de responsabilidades ou benefícios.

7 Não se confia, imprudentemente, um aparelho de produção preciosa, cujo manejo dependa de competência prévia, ao primeiro homem que surja, tomado de bons desejos. Não se atraiçoa impunemente a ordem natural. 8 Nem todos os aprendizes e estudiosos receberão do Além, num pronto, as grandes revelações. Cada núcleo de atividade espiritualizante deve ser presidido pelo melhor senso de harmonia, esforço e afinidade. 9 Nesse mister, além das boas intenções é indispensável a apresentação da ficha de bons trabalhos pessoais. 10 E, no mundo, toda gente permanece disposta a querer isso ou aquilo, mas raríssimas criaturas se prontificam a servir e a educar-se.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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