1 Todos os valores da vida pedem extensão e rendimento para atenderem ao Eterno Equilíbrio nas bases do Universo.
2 Se o ouro reclama aplicação justa, também o conhecimento elevado exige substância e proveito.
3 Se o primeiro, acumulado inutilmente, gera a cobiça que detém a cabeça do avaro no desvario da posse efêmera, o segundo, guardado sem ação nas obras edificantes, cria a vaidade que mergulha o coração orgulhoso nas trevas de espírito.
4 Não basta compreendas o estatuto que nos rege os destinos para que te harmonizes contigo mesmo.
5 É necessário transfundas o próprio entendimento em serviço aos semelhantes, para que a flama do cérebro se te faça luz no caminho.
6 Não te demorarás, estudando a ficha do irmão que sofre, aferindo-lhe os méritos e deméritos para expressares depois a bondade que teorizas.
7 Antes de tudo recorda que, se o próximo experimenta provação e amargura por determinação da Excelsa Justiça, a tela de angústia em que o próximo se debate se te descerra aos olhos no mundo, por determinação do Divino Amor, a fim de que exercites a piedade e a cooperação, o socorro fraterno e a solidariedade espontânea.
8 Não olvides que alma alguma, enquanto na vestimenta da carne, poderá conhecer o integral conteúdo das próprias dívidas e auxilia aos outros quando puderes, embora saibas que o prodígio da redenção compulsória é plenamente impossível, de vez que amanhã chegará igualmente o teu dia de acerto maior na Contabilidade Divina.
9 Não desistas de amparar, através do bem, porquanto se o progresso e a felicidade na Terra solicitassem apenas a penetração no conhecimento da Lei e no simples entendimento de nossas culpas, decerto Jesus não se abalançaria a estender amorosas mãos entre os homens, suportando-nos a ignorância, os débitos e fraquezas, até o ponto de imolar-se na cruz, bastando, para isso, nos enviasse as Boas Novas de Redenção, em cartazes de propaganda, dependurados no Céu.
Emmanuel