1 Muita gente indaga com inquietação, sobre a maneira justa de se aplicar o ensinamento de Jesus, no que tange ao amor pelos inimigos. ( † )
2 Aquele companheiro ter-nos-á ferido, impondo-nos prejuízos graves, outro nos terá deixado o espírito em chaga aberta, a golpes de ingratidão. De que modo expressar-lhes amor, segundo os princípios do Evangelho?
3 Urge, porém, observar que Jesus nos pede amor pelos adversários, mas não nos recomenda aceitar ou amar aquilo que eles fazem.
4 Determinada pessoa agiu contra nós e, claramente, não lhe aplaudiremos as diretrizes, no entanto, ser-nos-á possível acolhê-la no clima da fraternidade, compreendendo-lhe a posição de criatura que haverá adquirido, com isso, pesada carga de lutas íntimas, a detrimento de si própria. 5 Podemos, além disso, amar perfeitamente os que erram contra nós, entendendo que as falhas deles hoje serão talvez nossas, amanhã, atentos que devemos estar à humanidade falível de nossa condição.
6 Por símile, imaginemos o enfermo e a enfermidade. Deixaremos de amar os nossos doentes, porque estejam doentes e, quando falamos em amar os doentes, estaremos ensinando o amor pelas enfermidades?
7 Amar os adversários será respeitar-lhes os pontos de vista e abençoá-los, sempre que tomem caminhos diferentes dos nossos. 8 E, toda vez que tombem conscientemente nas trevas de espírito, recordemos o próprio Cristo e entreguemo-los a Deus, rogando para eles paz e misericórdia, porque, realmente, não sabem o que fazem. ( † )
Emmanuel