Nos tempos modernos, mentalidades existem que pugnam pelo desaparecimento das noções religiosas do coração dos homens, saturadas do cientificismo do século e trabalhadas por ideias excêntricas, sem perceberem as graves responsabilidades dos seus labores intelectuais, porquanto hão de colher o fruto amargo das sementes que plantaram nas almas jovens e indecisas. Pede-se uma educação sem Deus, o aniquilamento da fé, o afastamento das esperanças numa outra vida, a morte da crença nos poderes de uma providência estranha aos homens. Essa tarefa é inútil. Os que se abalançam a sugerir semelhantes empresas podem ser dignos de respeito e admiração, quando se destacam por seus méritos científicos, mas assemelham-se a alguém que tivesse a fortuna de obter um oásis entre imensos desertos. Confortados e satisfeitos, na sua felicidade ocasional, não veem as caravanas inumeráveis de infelizes, transitando sobre as areias ardentes, cheias de sede e de fome.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e é apenas pequena parte de uma mensagem publicada originalmente em 1937 pela FEB na 4ª lição do
livro “Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.