1 Tempo de crise — impositivo de serenidade. Sobretudo, na época de crises afetivas quando, frequentemente, nos opomos uns aos outros.
2 Renovação espiritual, na essência, não é plano de trabalho que se execute de uma existência para outra.
3 De berço em berço terrestre, somos entregues à construção do amor que nos identificará, um dia, uns aos outros para sempre.
4 Raramente, porém, adquirimos notas distintas nas tarefas realizadas.
5 A conquista da sublimação exige variadas matérias de domínio pessoal.
6 Em determinada existência, por vezes, o Espírito ganha em trabalho, mas perde em desprendimento, premia-se em abnegação, no entanto, se complica em assuntos da afeição possessiva.
7 O progresso se faz vagarosamente, até que se atinja as épocas de exame que nos comprovem as aquisições do espírito.
8 Reflete nos chamados tempos novos em que te encontras, ante o surpreendente espetáculo das desvinculações violentas.
9 Se te propões a vencer, nas lições que a vida te apresenta, deixa que a compreensão te apóie os raciocínios e ama sempre.
10 Hábitos se alteram, sentimentos se transformam.
11 Se entes amados aderiram às ideias novas, em quaisquer modificações de caráter negativo, compadece-te deles e auxilia-os quanto puderes.
12 Esse acreditou no poder econômico, de tal modo, e se cercou de tamanhas expressões de reconforto que te parece agredir; 13 outro admitiu a suposta legitimidade da independência sem dever a cumprir e se enveredou em experiências que lhe resultarão em aprendizados amargos; 14 aquele outro vestiu o cérebro de ilusões e distanciou-se da fé, recusando-te as referências a Deus; 15 e aquele outro ainda aceitou as sugestões da fuga, através dos tóxicos, nascidos nos ingredientes da anestesia que a Bondade Divina confiou à ciência humana, no socorro aos enfermos, e estirou-se em penúria física e espiritual.
16 Arma-te de paciência e desculpa aos companheiros de trabalho terrestre, quantas vezes se fizerem necessárias.
17 Chamem-se eles, na armadura física, pais ou filhos, esposos ou esposas, irmãos e amigos, parentes e companheiros, recorda que estamos todos à frente da vida imperecível.
18 Quem já possua equilíbrio, ajude ao desorientado.
19 Quem raciocine com segurança, ampare o que se afastou do bom-senso.
20 Quem disponha de luz, clareie o caminho para os que jazem nas trevas.
21 E quem esteja de pé, socorra aos caídos, porque tempo de crise é tempo de teste e somente se honra com a distinção desejada, quem procura esquecer-se para compreender e auxiliar, de vez que somos todos Espíritos eternos e tanto as leis do amor, quanto as leis da dor, nunca se modificam perante Deus.
Emmanuel