1 Não é difícil encontrar, entre os nossos irmãos do mundo, aqueles que, embora sofredores, não se catalogam entre os bem-aventurados, aos quais Jesus se referiu.
2 São companheiros que se voltam contra os obstáculos suscetíveis de ofertar-lhes a precisa oportunidade de ascensão às mais altas experiências.
3 Muitos deles se acolhem à rebeldia sistemática, contraindo débitos que os afetam, de imediato.
4 No Plano Espiritual, vemo-los frequentemente:
5 São amigos padecentes que, em verdade, passaram pelo crivo do sofrimento, entrando, porém, nas perturbações decorrentes da deserção dos deveres que lhes cabiam cumprir.
6 São irmãos que conheciam o valor dos entraves que poderiam transpor, a benefício de si mesmos, e acabaram situados nas sombras da delinquência.
7 São colaboradores das boas obras que as desfiguraram, estabelecendo dificuldades para si próprios pela intolerância para com os outros.
8 São companheiros que articularam problemas e desafios para aqueles que lhes hipotecavam confiança e carinho e deles se afastaram deliberadamente, procurando escapar às responsabilidades que eles mesmos escolheram para observar e viver.
9 São todos aqueles outros irmãos que preferiram o desespero diante das provações de que necessitavam para o próprio burilamento e se enveredaram, conscientemente, através dos resvaladouros da inconformação e da indisciplina, para as alucinações da angústia e do suicídio.
10 Realmente, afirmou-nos Jesus:
“Bem-aventurados os que choram porque serão consolados…” ( † )
Entretanto que Ele mesmo, Jesus, nosso Divino Mestre e Senhor, se compadeça de todos os nossos companheiros que conheciam semelhante promessa e não quiseram esperar.
Emmanuel