O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Coletânea do Além — Autores diversos


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Para a mulher n

[Mensagem de Eugênia Braga]

1 Minhas queridas amigas: Deus vos abençoe o esforço fraternal.
Na sagrada comunhão, aqui me encontro convosco nas tarefas diárias dentro dos círculos do bem.

2 O amor é o edifício que construímos na eternidade; e, através de seus laços divinos, nossos corações se reúnem mutuamente entrelaçados para a vida imortal.
Nunca poderia esquecer os elos sublimes que enlaçam as almas no trabalho sagrado e incessante.

3 A Casa Espírita, confiada ao coração da mulher espírita de Juiz de Fora, é a nossa tenda de realizações. Aqui, minhas irmãs muito amadas, temos o nosso grande lar: O misericordioso velhinho é o nosso anjo-guardião. E em cada detalhe podemos observar a atividade inesgotável de nossa colmeia.

4 Não sei como agradecer a Jesus pelas searas de luz e de paz que nos tem concedido, sob este teto de amor; e é em Seu nome que unimos nossos pensamentos aos vossos pensamentos na mesma ação de louvor; suplicando à Sua Bondade Infinita que nunca cesse o curso das bênçãos.

5 Nossa alma está igualmente genuflexa. O trabalhador fiel não olvida o reconhecimento do Senhor.

6 A vossa luta tem sido, às vezes, difícil e angustiosa. Em muitas ocasiões conhecestes de perto a incompreensão e a dor, a dificuldade e o sofrimento; porém, minhas amigas, sempre que nos recordarmos das rosas tomadas pelos espinhos, lembremos, antes, que os espinhos se conservam coroados de rosas. Se o serviço apresenta pormenores de execução laboriosa, nunca esqueçamos a grandeza e a ventura da realização espiritual.

7 Na dolorosa situação dos vossos tempos, observamos a mulher de modo geral, indiferente aos seus grandiosos deveres. As ilusões políticas, a concorrência profissional, os venenos filosóficos invadiram os lares. São poucas as companheiras fiéis que se mantêm nos seus postos de serviço, com Jesus, convictas da transitoriedade das posições mundanas. 8 Quase sempre o que se verifica é justamente o naufrágio de luminosas esperanças que, a princípio, pareciam incorruptíveis e poderosas. Semelhantes fracassos são oriundos do esquecimento de que a nossa linha de frente, na batalha humana, é o lar, com todas as suas obrigações sacrificiais, compelindo as mães e as esposas, as filhas e as irmãs aos atos supremos da renunciação. 9 Nosso Mestre é Jesus; nosso trabalho é a edificação para a vida eterna. É imprescindível não olvidar que os homens obedecerão, em todas as suas tarefas, ao imperativo do sentimento. Sem esse requisito, são muito raros os que triunfam. 10 É necessário converter nosso potencial em fonte de auxílio. Nada se conseguirá no terreno das competições mesquinhas, mas, sim, na esfera da bondade e da cooperação espiritual. Busquemos na compreensão, cada vez mais, o caráter transcendente de nossas obrigações. 11 Quando nos referimos ao dever doméstico, claro está que não aludimos à subserviência ou à escravização. Referimo-nos à dignidade feminina com o Cristo para que cada irmã se transforme em cooperadora devotada de nossos irmãos. 12 O mau feminismo é aquele que promete conquistas mentirosas, perdido em pregações brilhantes, para esbarrar com as realidades dolorosas; entretanto, o feminismo legítimo, esse que integra a mulher no conhecimento próprio, é o movimento de Jesus, em favor do lar, para o lar e dentro do lar. Felizes sois, portanto, pela santidade de vossas obrigações. 13 Unamos as nossas mãos no trabalho redentor. Nossa Casa é o grande abrigo dos corações onde todos temos uma tarefa a cumprir. Deus no-la concedeu atendendo às nossas aspirações mais sagradas e súplicas mais sinceras. 14 Seja cada obstáculo um motivo novo de vitória; cada dor seja para nós uma joia de escrínio da eternidade. Deixai que a tormenta do mundo, com as suas velhas incompreensões, seja atenuada pelo poder divino; não vos magoe os ouvidos o rumor das quedas exteriores. 15 Continuem na casa do coração, certas de que Jesus estará conosco, sempre que lhe soubermos preferir a companhia sacrossanta. E, antes de me retirar, transmito-vos os votos de amor e paz do nosso venerando João de Freitas.

16 Beijando-vos a todas, no beijo afetuoso de agradecimento que deponho no coração de nossa querida Zuzu, despeço-me, deixando a alma feliz e reconhecida.
Vossa irmã,


Eugênia



[1] Essa mensagem foi publicada em 2010 pela Editora Madras e é a 5ª lição do livro Chico Xavier inédito.Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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