1 Em meio às perseguições
Da noite fria e sem luz,
Meus amigos do Evangelho,
Lembrai-vos do Réu da Cruz.
2 Sem que alguém lhe concedesse
O canto amigo de um lar,
Nasceu numa estrebaria
Por servir e por amar.
3 Desde a infância humilde e pobre
Na casa de Nazaré,
Trabalhava todo o dia
Entre os formões de José.
4 Ele, o Príncipe da Luz,
Caminho, Vida e Verdade,
Fez-se escravo pequenino
No serviço à humanidade.
5 Foi Messias generoso
Da bondade e do perdão,
Trazendo ao mundo oprimido
A grande renovação.
6 Serviu aos ricos e aos pobres,
Ao infeliz, ao sofredor,
Devotou-se a toda gente
Em sua missão de amor.
7 Revelou a paz do Reino
Da verdade e da Bonança,
Fez brilhar na Terra escura
Novo lume de esperança.
8 À cegueira dos caminhos
Trouxe a luz pura e imortal,
Pelo Evangelho da Vida
Curou a lepra do mal.
9 Expulsou a treva espessa,
Viveu a bondade imensa,
Trouxe a bênção da fé viva,
Trabalhou sem recompensa.
10 Mas, em troca dos tesouros
De sua abnegação,
Recebeu pedras e espinhos
De dor e incompreensão.
11 Foi traído e processado,
Encarcerado e ferido,
Ele, o Mestre da Verdade,
Foi o grande escarnecido.
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12 Se também sois humilhados,
Lembrai-vos d’Aquele Réu,
Que foi à cruz pelo crime
De abrir a visão do Céu.
Casimiro Cunha
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