“Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos amar uns aos outros.” — JOÃO (1 João, 4.11)
1 Reprovamos a violência e clamamos contra a violência; no entanto, na vida de relação, muito raramente nos acomodamos sem ela, quando se trate de nossos caprichos.
2 Muito comum, principalmente quando amamos alguém, exigirmos que esse alguém se nos condicione ao modo de ser.
3 Se os entes queridos não nos compartilham gostos e opiniões, eis-nos irritadiços ou estomagados, reclamando contra a vida; todavia, a paz da alma requisita compreensão e a compreensão conhece que cada um de nós tem a sua área própria de interesse e de ideais.
4 A Natureza é um mostruário dos recursos polimórficos com que a Sabedoria Divina plasmou a Criação.
5 Todas as flores são flores, mas o gerânio não tem as características do cravo e nem a rosa as da violeta. Todos os frutos são frutos, mas a laranja não guarda semelhança com a pêra. Além disso, cada flor tem o seu perfume original, tanto quanto cada fruto não amadurece fora da época prevista.
6 Assim, também, as criaturas.
Cada pessoa respira em faixa diversa de evolução.
7 Justo nos detenhamos na companhia daqueles que sentem e pensam como nós, usufruindo os valores da afinidade; entretanto, sempre que amarmos alguém que não comunga a onda de nossas ideias e emoções, abstenhamo-nos de lhe violentar a cabeça com os moldes em que se nos padroniza a vida espiritual.
8 Deus não dá cópias.
9 Cada criatura vive em determinado Plano da criação, segundo as leis do Criador.
10 Amparemo-nos para que em nosso setor de ação pessoal venhamos a ser nós mesmos. Respeitemo-nos mutuamente e ajudemo-nos a ser uns para os outros o que o Supremo Senhor espera que nós sejamos — uma bênção.
Emmanuel