O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Caminho espírita — Autores diversos


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Perdoados, mas não limpos n

1 Em nossas faltas, na maioria das vezes somos imediatamente perdoados, mas não limpos.


2 Fomos perdoados pelo fel da maledicência, mas a sombra que tencionávamos esparzir na estrada alheia permanece dentro de nós por agoniado constrangimento.


3 Fomos perdoados pela brasa da calúnia, mas o fogo que arremessamos à cabeça do próximo passa a incendiar-nos o coração.


4 Fomos perdoados pelo corte da ofensa, mas a pedra atirada aos irmãos do caminho volta, incontinenti, a lanhar-nos o próprio ser.


5 Fomos perdoados pela falha de vigilância, mas o prejuízo em nossos vizinhos cobre-nos de vergonha.


6 Fomos perdoados pela manifestação de fraqueza, mas o desastre que provocamos é dor moral que nos segue os dias.


7 Fomos perdoados por todos aqueles a quem ferimos, no delírio da violência, mas, onde estivermos, é preciso extinguir os monstros do remorso que os nossos pensamentos articulam, desarvorados.


8 Chaga que abrimos na alma de alguém pode ser luz e renovação nesse mesmo alguém, mas será sempre chaga de aflição a pesar-nos na vida.


9 Injúria aos semelhantes é azorrague mental que nos chicoteia.


10 A serpente leva consigo a peçonha que veicula.

11 O escorpião carrega em si próprio a carga venenosa que ele mesmo segrega.


12 Ridicularizados, atacados, perseguidos ou dilacerados, evitemos o mal, mesmo quando o mal assuma a feição de defesa, porque todo o mal que fizermos aos outros é mal a nós mesmos.


13 Quase sempre aqueles que passaram pelos golpes de nossa irreflexão já nos perdoaram, incondicionalmente, fulgindo nos Planos Superiores;  14 no entanto, pela lei de correspondência, ruminamos, por tempo indeterminado, os quadros sinistros que nós mesmos criamos.


15 Cada consciência vive e evolve entre os seus próprios reflexos.

16 É por isso que Allan Kardec afirmou, convincente, que, depois da morte, até que se redima no campo individual, “para o criminoso a presença incessante das vítimas e das circunstâncias do crime é suplício cruel.” ( † )


Emmanuel



[1] Essa mensagem, com diferenças nos indicadores 10, 11 e 12, foi publicada originalmente em 1962 pela FEB e é a 47ª lição do livro “Justiça Divina.


Texto extraído da 2ª edição desse livro.

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