1 Dos preceitos da higiene,
Fonte clara do vigor,
Destaca-se, em qualquer tempo,
O banho confortador.
2 Depois de viagem longa,
Findo o esforço, cada dia,
Renovam-se, ao banho calmo,
A paz, a força, a alegria.
3 A própria vida aconselha,
Por vibrar, forte e louçã,
O contato da água pura,
Ao começar da manhã.
4 No trato vulgar do mundo,
A frente da Humanidade,
O corpo mais nobre e belo
Não se esquiva à sujidade.
5 Mais além há fumo e lama;
Mais aquém, há lixo e poeira;
Todo o corpo participa
Do suor e da canseira.
6 As células esgotadas,
Em ânsias de dor e morte,
Requerem alguma cousa
Que as ajude e reconforte.
7 Eis que surge o banho amigo,
Com recursos sempre iguais,
A água cariciosa
Tem carinhos maternais.
8 Depois dele o alívio santo,
A bênção ditosa e pura,
A paz regeneradora
Ao corpo da criatura.
9 Assim também, nossas almas,
Em serviços contra o mal,
Nunca podem prescindir
Do banho espiritual.
10 Luta a luta, dia a dia,
Levemos o coração
As águas do Pensamento
Para o banho na Oração.
Casimiro Cunha
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