À D. Júlia Pego Amorim n
1 Alma cheia de alegria,
Sincera, doce, louçã,
Eu quero felicitar-te:
“— Deus te pague, minha irmã!…”
2 Também fui cego no mundo,
E conheço o teu labor
Na luminosa oficina
De fé do Consolador.
3 Continua, confortada,
Em teus esforços de luz
Levando aos cegos da Terra
O sol do amor de Jesus.
4 Nossos irmãos se confortam
No bem dos trabalhos teus.
Se lhes falta a luz dos olhos,
Não lhes falta a luz de Deus.
5 E, um dia, Nosso Senhor
Na luz de um mundo sem véu,
Há de vir, devagarinho,
Abrir-te as portas do Céu.
Casimiro Cunha
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