1 Abnegado legionário do Cristo, guarda por tua arma predileta, no caminho pedregoso do mundo, a charrua do esforço próprio, no aperfeiçoamento do coração.
2 Outrora, seria lícito o nosso combate de ferro e fogo, à procura da posse na esfera enganosa dos prazeres fáceis.
3 A ignorância não vacilava em arrojar-nos ao precipício da miséria engodando-nos a mente infantil com a perspectiva de falaciosa dominação.
4 Hoje porém, meu amigo, que nos alistamos sob a bandeira lirial de Jesus, a nossa atitude será diferente…
5 Não atacar senão a nós mesmos, na perigosa inércia espiritual a que nos acolhemos na vida.
6 Não ferir senão o nosso orgulho, milenário inimigo de nossa paz, oculto nas torres abandonadas de nosso templo interior.
7 Não dilacerar senão a nossa vaidade, velha hidra venenosa a enroscar-se em nossos pensamentos para subtrair-nos a alegria de viver.
8 Não disputar senão a humildade, a riqueza que nos fará servidores felizes do mundo, em nome do Céu.
9 Arma-te, pois, de amor e sigamos para a frente.
10 Veste a couraça da boa vontade e enfrentarás, com êxito, os mais ferrenhos adversários exteriores.
11 A Terra é um extenso campo de luta.
12 Enquanto nos achamos à distância do Mestre, somos vítimas das sombras que senhoreiam a nossa própria alma, 13 contudo, quando recebemos a graça da iluminação com Jesus, somos os vitoriosos lidadores do mundo, convertendo a espada de nossas atitudes, em arado de bênçãos sobre a terra invisível do próprio sentimento, a fim de que o nosso coração se transforme em santuário vivo do Mestre e Senhor.
Agar