1 Irmão da Luz, no cárcere das penas,
Qual réu na sombra de sinistras plagas,
Foge à escura revolta em que te esmagas
E louva o fel das aflições terrenas!
2 Muito além da prisão em que pervagas
Na treva hostil em que te desordenas,
Alvoradas ditosas e serenas
Guardam remédio para as nossas chagas.
3 Busca o Senhor, nas ânsias da alma aflita…
Ao doce olhar do Mestre que te fita,
Encontrarás consolo à solidão!…
4 E, chorando de júbilo sublime,
Recolherás na angústia que te oprime
A luz celeste para a redenção.
Jesus Gonçalves
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