Quando, em companhia de dois amigos, assentados num galho de árvore, que se debruçava sobre o Rio Pardo, em Ribeirão Preto, SP, o jovem Candinho resolveu saltar de ponta-cabeça, nunca poderia imaginar que estava mudando totalmente a rota de seu destino. Pois esse salto, mal calculado, permitiu que sua cabeça atingisse, com violência, o fundo arenoso do rio, ocasionando fraturas na região da nuca (coluna cervical), com consequente rotura completa da medula nervosa, que provocou, de imediato, paralisia total dos braços e pernas.
A partir desse momento, no dia 21 de agosto de 1982, Candinho sofreu muito, submetendo-se a tratamento intensivo, inclusive cirurgia, superando complicações várias, que representaram lutas dolorosas para ele e sua família.
Porém, sete meses após o acidente, surgiu outra complicação numa das pernas, a gravíssima gangrena gasosa, que exigiu urgente amputação. Contudo, tal providência não foi suficiente para evitar a desencarnação de Candinho, ocorrida dias após a cirurgia, em 30 de março de 1983.
Apenas oito meses após a perda física do filho querido, D. Gladys Cintra sofreu outro impacto doloroso: a desencarnação do genro Saleh Gemha.
Foi a partir dessa época que ela começou a procurar consolo no Espiritismo, encontrando em Uberaba, na noite de 5 de maio de 1984, a feliz oportunidade de receber longa carta do filho inesquecível, repleta de consolo e elucidações, reconfortando seu coração e de todos os seus familiares.
Candinho, Espírito, já refeito do final tumultuado de sua existência física, e bem informado das Leis Divinas que regem nossos destinos, trouxe em sua carta preciosos ensinamentos para a meditação de todos nós, como veremos a seguir:
1 Querida mãezinha Gladys, tenho o querido papai Vino n em nossa lembrança a fim de associá-lo ao meu pedido de bênção.
2 Muito grato mamãe, por sua dedicação, buscando-me longe para dar-lhe notícias. Não se julgue esquecida por seu filho. 3 Quanto se me faz possível, estou em casa, acompanhando de perto suas saudades e o seu anseio de saber… Saber onde me encontro para que nos entendamos! 4 Entretanto, as dificuldades do intercâmbio são naturais e peço-lhe perdão pela espera longa!
5 Rogo-lhe não aceitar a ilusória alegação de que a vontade de Deus me teria mergulhado a cabeça nas areias sólidas do rio! A lei se cumpriu. n
6 Depois, o meu esforço laborioso para restabelecer a saúde. Os dias de sofrimento me ensinaram que todas as experiências são degraus para a elevação a Planos melhores.
7 Decerto, paguei uma dívida de existências passadas, felizmente sem fazer outra. Aqui, pude receber explicações que me atenderam a fome do conhecimento.
8 Atirar-me ao mergulho no rio, desconhecendo que a areia poderia ter formado determinadas cristalizações no sítio onde se efetuou o incidente com a minha ruptura de coluna, a ponto de partir a medula, foi realmente uma temeridade, porque, a nosso ver, poderia eu estar obedecendo a impulsos estranhos a mim próprio; 9 e, em seguida, foi o trabalho em que a vi se perder em empreitas quase sem fim, sem que nos fosse possível imaginar quanto tempo despenderia num tratamento caro e difícil, do qual não poderia, de minha parte, auferir qualquer benefício.
10 Confesso-lhe que vendo agravar-se a minha situação, muitas vezes solicitei à morte me beneficiasse com o repouso. n Não se nos desata a força da vida, senão quando a determinação das Leis Divinas delibera tomar em consideração os problemas que nos afligem…
11 Observava a tristeza com que papai Vino me observava e procurava ler em seus olhos a gravidade de minha situação. Agora que o trinta de março do ano passado me liberou do corpo físico para entender melhor todas as dificuldades necessárias aos meus vinte e dois anos de existência física, que ardiam no ideal da formação de um lar em que pudesse expandir todos os meus sonhos, mas aquela prisão no leito informava-me ao coração, que a paciência se me faria o remédio necessário e essencial a fim de alcançar os efeitos negativos em relação às minhas esperanças.
12 Agradeço o carinho que me proporcionou sempre, sem uma palavra de lamentação ou de queixa contra os desígnios de Deus, porque o seu exemplo de fé em Deus me transmitia coragem para suportar a realidade, já que a minha medula estragada era um problema irreversível.
13 Mamãe, sou grato a todos os nossos, mas especialmente ao seu devotamento que nunca me deixou sem a precisa orientação para o melhor a fazer.
14 Com os dias, os meus sonhos de rapaz tomaram rumo novo e preparei-me no íntimo para a largada que se consumou sob o auxílio do vovô João n e de outros amigos, descerrando-me horizontes novos à própria visão…
15 Quando o nosso Saleh chegou n ao nosso ambiente espiritual, estava eu nos primeiros dias de melhora e pude observar quanto lhe pesaram os sofrimentos de adaptação à vida espiritual.
16 Peço-lhe, porém, dizer à nossa querida Maria Lúcia que ele presentemente está passando melhor, com mais amplas elucidações para as convicções religiosas. Falando nisso, querida mãezinha Gladys, rogo-lhe muita serenidade para tratar com a nossa Maria Lúcia sobre as questões que ainda a preocupam.
17 O Saleh n está mais forte, porém não tão forte quanto me acontece, de vez que a dianteira que fui obrigado a tomar me propiciou algum fortalecimento que estou conduzindo para a frente com grandes anseios de melhoria em meu campo íntimo.
18 Como pode ver, mamãe, ainda, não tenho a memória integralmente refeita e é por isso que as minhas palavras não me saem do cérebro e das mãos com a segurança precisa.
19 Desculpe-me se venho como estou ao seu encontro, mas não dispunha de outra maneira para falar consigo, senão recorrendo à bondade dos amigos espirituais que me supervisionam a existência.
20 Peço-lhe calma e resistência, porque a saudade vem para ficar em nós, quando se trata de separação qual a nossa, em que o papai Vino e sua abnegação reconheceram que me aproximava do fim da experiência física.
21 Mãezinha, rogo-lhe levar ao papai a certeza de que estou vivo, cada vez mais vivo para lhes ser útil um dia.
22 Meu tratamento aqui na Vida Maior tem sido vagaroso n porque aquele mergulho infeliz, expondo todo o crânio na areia petrificada criou muitos problemas para mim mesmo, pois trazemos para cá os obstáculos que criamos contra nós mesmos.
23 Minhas ideias ainda estão funcionando com muita lentidão, motivo pelo qual peço perdão aos amigos que me amparam com a sua presença no recinto, a fim de que lhes escreva.
24 Peço-lhe dizer aos manos Antonio José, João Francisco, ao Marco Antônio e ao Marcelo Fernando n para se protegerem contra essas surpresas daqui.
25 Somos vítimas de acidentes determinados, mas mesmo assim respeitamos as consequências. Pelo menos, rogo a eles para não saltarem sobre as águas do mar ou de qualquer rio ou lagoa sem se certificarem de que existem entraves no local. 26 Sei que estou cumprindo os restos de uma provação que a vida me reservava, mas creio hoje que poderia atenuar-lhe o rigor, observando primeiramente em que região estava dirigindo o meu cérebro em salto de parafuso.
27 O meu avô João tem sido aqui o meu melhor intérprete e sou agradecido a ele por todo o bem que me faz.
28 Mãezinha Gladys, não posso estender-me por mais tempo. Estou ainda em tratamento, graças a Deus, muito bem conduzido, mas o nosso amigo Padre Euclides n me buscou para esta tentativa de carta, de modo a tranquilizá-la e acalmar o coração dolorido do papai.
29 Nada me incomoda a não serem saudades da família, mas compreendo que onde estou a saudade é assunto de todos e não sou melhor do que meus companheiros, pois compartilho dos esforços de minha turma constituída de rapazes acidentados. 30 Alguns sofrem ainda os traumas da desencarnação violenta por choque de máquinas, outros foram vítimas de quedas casuais do alto de grandes edifícios, outros foram repentinamente arrancados à vida física em virtude de descida ao fundo de elevadores por desatenção, e, quanto a mim, luto para refazer os centros do cérebro, que ficaram muito comprometidos com aquele banho inoportuno, em que não me armei com a necessária responsabilidade quanto ao lugar a que me precipitei.
31 Mãezinha, abençoe-me, perdoando a minha imprudência. Aqui estão muitos amigos que me encorajaram a escrever, ante a minha indecisão pelas dificuldades com os lapsos ligeiros da memória.
32 Sou agradecido a todos. Um abração ao papai Vino e muito carinho a todos os meus irmãos.
33 Esperando comparecer diante de seu coração para notícias com mais desembaraço, beijo as suas mãos queridas e reafirmo-lhe que continuo a ser sempre seu filho reconhecido e o seu Candinho de sempre, sempre a lhe dever juntamente de meu pai, tudo o que eu poderia receber de bom e belo da vida. 34 Estaremos sempre juntos porque filhos e pais nunca se distanciam uns dos outros e, mais uma vez, peço-lhe endereçar-me a força de suas preces, porque sou sempre necessitado de seu amor.
35 Sempre o seu filho, com todo o meu coração,
Candinho n
Cândido Luiz Cintra.
NOTAS E IDENTIFICAÇÕES
1 — Psicografia de Francisco C. Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, Uberaba, MG, a 5/5/1984.
2 — Mãezinha Gladys e papai Vino — Casal Gladys Bologna Cintra e Valdivino Cândido Cintra, residente em Ribeirão Preto, SP, na Avenida Educandário, 187, Jardim Independência.
3 — Rogo-lhe não aceitar a ilusória alegação de que a vontade de Deus me teria mergulhado a cabeça nas areias sólidas do rio! (…) Sei que estou cumprindo as restos de uma provação que a vida me reservava, mas creio hoje que poderia atenuar-lhe o rigor, observando primeiramente em que região estava dirigindo o meu cérebro em salto de parafuso. — O confrade Carlos A. Baccelli, presente à reunião na qual Candinho se comunicou, redigiu oportuno comentário em torno das importantes observações em epígrafe, publicado no jornal “Folha Espírita”, julho/1984, São Paulo, SP, que a seguir transcreveremos:
“CARMA E IMPRUDÊNCIA
Sábado passado, dia 5 de Maio, o nosso Chico recebeu uma mensagem do jovem Candinho; a mãezinha, presente, emocionou-se bastante. O Espírito comunicante descreve detalhadamente o desenlace: foi mergulhar num rio e, não tendo perfeita noção da profundidade, fraturou a medula em consequência do violento choque na areia cristalizada.
Quando terminou a leitura da página mediúnica entregando-a à respectiva destinatária, enquanto autografava os livros o Chico comentou: “Esta mensagem merece uma palestra. O rapaz se refere a um tema muito interessante — o carma da imprudência; não resgatamos apenas faltas de vidas passadas, existem erros que são resgatados imediatamente, as consequências são instantâneas…”
De fato, costumamos atribuir tudo ao passado longínquo, tentando tudo explicar baseando-nos nas pretéritas existências, nos esquecendo porém do passado recente, das consequências que sofremos hoje pelas decisões de agora… Pela imprudência estamos no dia a dia também elaborando o carma correspondente. Fala-nos Emmanuel em primorosa página que todo dia é oportunidade de se refazer o destino…
A rigor, não podemos afirmar que aquele que se vitimou no trânsito, por estar abusando da velocidade, esteja se submetendo à inevitável resgate de encarnações anteriores — poderá estar resgatando a falta da imprudência, por não respeitar as leis estabelecidas.
Aprendemos com o Espiritismo que a fatalidade é uma coisa muito relativa, de vez que “o mal não carece de ser resgatado pelo mal se o bem chega primeiro”… Aquilo que nos parece inevitável, não raro é fruto da invigilância. Mesmo quando renascemos dentro de um quadro de ásperas provações, elas poderão ser suavizadas; numa falta sempre existem atenuantes e agravantes.
Busquemos um outro exemplo. Aquele que, imprudentemente, atravessa no meio de um tiroteio e é fulminado, foi arrastado pela fatalidade ou, no uso pleno do seu livre arbítrio, imaginou que não seria alvejado? Ora, a probabilidade de um projétil nos atingir, quando passamos entre o chamado fogo cerrado é muito grande… O que recomenda o bom senso? Que esperemos as coisas se acalmarem.
A imprudência, sem dúvida, tem sido responsável por milhares de óbitos em todo o mundo.
Alguém poderá indagar: onde estarão os Benfeitores Espirituais? Ora, nós não os temos a tiracolo… Acontecimentos existem que não há margem de tempo para uma antecipação da Espiritualidade Amiga. Cada qual tem a companhia espiritual que merece e também que carece. Quer dizer: quanto maior a responsabilidade do reencarnante, maior a supervisão do Mundo Maior.
Poderíamos, então, classificar toda imprudência como suicídio? É claro que no suicídio precisamos levar em conta a consciência do ato, a intenção. André Luiz, conforme sabemos, foi considerado suicida na Vida Maior, única e exclusivamente por ter abusado da saúde. Os alcoólatras inveterados, pela imprudência, em que pese as muitas advertências que recebem de familiares, amigos e médicos, estão cometendo suicídio. E tal é válido igualmente para os que exageram no cigarro, na alimentação, etc.
Ao lado, portanto, do carma de ontem, existe o carma de hoje; se muitas faltas resgatamos parceladamente, consoante à Misericórdia Divina, existem aquelas que já trazem em si mesmas as suas funestas consequências imediatas…
O jovem Candinho, preparando-se para saltar num trecho desconhecido do Rio Pardo, deveria ter a precaução de verificar os perigos existentes, porquanto não bastava saber nadar…
Carecemos de ter mais cuidado com a vida, não deixando tudo para que a Espiritualidade Superior providencie. Se a desencarnação chega, mesmo com toda a prudência de nossa parte, aí então, sim: é fatalidade, ou seja, chegou a hora da partida.
O assunto ainda nos leva a examinar os desequilíbrios emocionais que permitimos dominar-nos. Contudo, nos impacientamos, aderimos facilmente à cólera, fulminamos os órgãos mais sensíveis com vibrações envenenadas… Ora, com o tempo, somados todos esses instantes de emoções incendiárias dentro de nós, vem a complicação orgânica irreversível e, consequentemente, a desencarnação; se podíamos viver 80 anos, vivemos apenas 50 anos… Essas pequenas imprudências diárias geram carmas para muito tempo.
“Ajuda-te e o céu te ajudará” — fala o Evangelho. Cuidemos para que não sejamos surpreendidos pela invigilância, retornando ao Mundo Espiritual profundamente decepcionados, como quem se prepara para atravessar um rio caudaloso e só percebe que o barco está furado depois que largou a margem…”
Carlos A. Baccelli
4 — Confesso-lhe que, vendo agravar-se a minha situação, muitas vezes solicitei à morte me beneficiasse com o repouso. — Contou-nos D. Gladys: “Muitas vezes, Candinho chorava e pedia a morte.”
5 — vovô João — João Cândido Cintra, avô paterno, desencarnado em 10/02/1979.
6 — Quando o nosso Saleh chegou ao nosso ambiente espiritual, estava eu nos primeiros dias de melhora — Saleh Gemha, seu cunhado, casado com Maria Lúcia, desencarnou em Ribeirão Preto, a 28/11/1983. Além de cunhados, eram muito amigos, tendo Saleh colaborado bastante na assistência a Candinho, durante sua longa enfermidade.
7 — A Visão de Saleh — Dois dias antes de sua desencarnação, Saleh estava hospitalizado, mas gozava melhoras, mostrando-se lúcido e tranquilo. Pela manhã, ao receber uma visita de sua sogra, D. Gladys, contou-lhe que tivera visões surpreendentes naquela noite, nos seguintes termos: “Nesta noite, Candinho e meu pai não saíram da beira de minha cama.” Como Saleh era muito brincalhão, ela não acreditou e até mesmo o repreendeu por envolver a memória de seu filho e do progenitor (ambos desencarnados) naquela narrativa. O tempo passou. Algumas vezes, D. Gladys lembrou-se do fato, cultivando sempre grande dúvida a respeito. Mas, recentemente, a 8/3/1985, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na cidade de Uberaba, em diálogo com Chico Xavier, ela recebeu a inesperada informação: — A senhora sabe que Saleh, antes de morrer, viu seu filho Candinho? Foi então que D. Gladys contou a Chico Xavier o “caso” daquela visão de Saleh, que ela não havia acreditado e, até então, totalmente desconhecido do médium… É também digno de nota que no dia seguinte à visão, Saleh apresentou peritonite, gravíssima complicação de seu processo infeccioso, que, em 24 horas, o levou ao óbito. Porém, os Benfeitores Espirituais sabiam da evolução do quadro clínico e já o preparavam, com antecedência, para a despedida do Plano Físico. Eis porque Chico Xavier completou o recado mediúnico (naturalmente, informado por Candinho, que naquela noite escreveu nova carta à sua mãe) dizendo: — Naquele dia, Candinho foi ao encontro de Saleh para ajudá-lo na passagem para a Vida Espiritual.
8 — Meu tratamento aqui na Vida Maior tem sido vagaroso (…) porque trazemos para cá os obstáculos que criamos contra nós mesmos. (…) Alguns sofrem ainda os traumas da desencarnação violenta (…) luto para refazer os centros do cérebro, — O problema maior de saúde de Candinho, conforme sua carta, é tratar do cérebro perispiritual lesado, consequência do trauma sofrido em vida carnal. Os centros vitais do cérebro são: o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente; e o centro cerebral, contíguo ao coronário, conforme nos elucida André Luiz em seu livro Evolução em Dois Mundos (Francisco C. Xavier e W. Vieira, Ed. FEB, Cap. II, Primeira Parte):
9 — Antônio José, João Francisco, Marco Antônio e Marcelo Fernando — Irmãos.
10 — Padre Euclides — Padre Euclides Gomes Carneiro, desencarnado em 26/1/1945, fundou, em Ribeirão Preto, um asilo para velhinhos, hoje chamado “Padre Euclides”. Esse virtuoso sacerdote também amparou, no Além, Paulo Marcelo Reis Azevedo, segundo carta mediúnica desse jovem ribeirão-pretano, publicada
no livro Estamos no Além (Francisco C. Xavier, Espíritos Diversos, Hércio M.C. Arantes, Ed. IDE, Cap. 16, Nota 9).
11 — Candinho — Cândido Luiz Cintra, Candinho na intimidade, nascido em Ribeirão Preto, SP, a 10/1/1960, era estudante de Comunicação. O jornal “O Diário” de sua cidade, edição nº 10.935, de 15/7/1984, p. 2, na seção Escreve o Leitor, prestou-lhe expressiva homenagem, transcrevendo, na íntegra, a sua primeira carta mediúnica, com o seguinte preâmbulo: “MENSAGEM DO ALÉM. O autor desta carta, psicografada pelo médium Chico Xavier, foi funcionário deste jornal, muito jovem ainda, iniciando em 1975 até 1982. A pedido de sua mãe, Sra. Gladys, publicamos hoje sua mensagem, na certeza de que lá em cima ele estará feliz e sorrindo, nos confortando e nos protegendo. Ao Candinho, um abraço de todos nós, de O Diário.”
Hércio Arantes