1 Semeador da vida, semeia a boa semente.
Os corações na Terra assemelham-se, muitas vezes, à própria terra.
2 Não amaldiçoarás o deserto porque exiba espetáculos de secura.
Dar-lhe-ás o consolo da fonte.
3 Não esmagarás os próprios dedos nas pedras do campo.
Removerás o empecilho, amparando a eira.
4 Não impedirás a lama do charco.
Alongarás ao pântano o socorro do dreno amigo.
5 Não agredirás o espinheiro.
Auxiliarás, feliz, a limpeza da gleba.
6 Nos caminhos do mundo, há muita gente também assim.
Almas ressecadas na ignorância, enrijecidas na indiferença, atormentadas na sombra, perdidas na crueldade…
7 Não reclames, nem condenes.
Estende as mãos a serviço do amor e tanto quanto possível, semeia sempre.
8 Não exijas, porém, que o fruto chegue hoje.
Primeiro, o suor do trabalho e a semente no solo.
Depois, a defesa laboriosa e a verdura tenra, pedindo apoio.
Mais tarde, no entanto, surpreenderás, jubilosamente, a alegria da flor e a bênção do pão.
Emmanuel