O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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A terra e o semeador — Emmanuel


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Temas da atualidade

(Sumário)

P: — Escolhemos este lugar onde nós nos encontramos, entre plantas, flores, água, e ouvimos o canto dos pássaros, lugar especial, especial mesmo, como é especial um bate-papo com você, porque você sabe, Chico, você é uma criatura que transmite, realmente, muita paz. Fico emocionada de ver as pessoas na rua, quando se aproximam de você, o carinho, a emoção que eles sentem de estar ao lado de Chico Xavier!

  R: — Eu não mereço isso, é muita bondade!


21 — A AMIZADE DE HEBE

P: — Você, que é uma criatura boa demais, acha que tudo é bondade, mas é você que está nessa bondade. Então, eu queria dizer para você da honra que eu sinto de ter hoje, você, no nosso programa, porque sei o que vai representar, para os telespectadores, sei a importância da sua palavra para cada um deles.

  R: — A honra é minha, a bondade é sua.

P: — E você sabe que as pessoas, às vezes, exploram o momento de felicidade, por muitos anos. Chegou o grande momento de minha carreira, o momento de conversar, assim intimamente, com você.

  R: — É uma honra pura mim. Sempre admirei e respeito especialmente a você, o seu apostolado artístico.


22 — PRIMEIRO CONTATO COM O MUNDO ESPIRITUAL

P: — Muito obrigada, Chico. Mas, Chico, eu trouxe aqui algumas perguntas que vão satisfazer a minha curiosidade e a curiosidade, também, dos telespectadores, em torno de você, você gente, você tão gente. Quando é que você experimentou, Chico, pela primeira vez, contato com o mundo espiritual?

  R: — Acho, às vezes, que uma resposta demanda demora e eu peço perdão se devo me estender, por alguns minutos, a esse respeito. O assunto pede que minha memória regresse no tempo. Eu tinha quatro anos de idade, quando voltei da cidade de Matozinhos, perto de Pedro Leopoldo, onde nasci, em companhia de meus pais e de meus irmãos. Meus pais haviam assistido às cerimônias religiosas que naquele tempo eram consideradas de praxe para todas as famílias católicas. Havíamos caminhado onze quilômetros. Chegamos em casa, numa noite bastante fria, com chuva. Meus irmãos se dirigiram logo para o descanso no sono. Minha mãe, naturalmente preocupada com problemas de saúde, trocou-me a roupa e, como eu estava fatigado, levou-me à cozinha, onde fora fazer um café para o meu pai. Enquanto esperava o café que se fazia, meu pai começou a falar a respeito de um problema de aborto que havia ocorrido com uma de nossas vizinhas.

Uma criança havia nascido fora de tempo e meu pai, que não havia atingido a verdade toda sobre o assunto, discutia com minha mãe a respeito. Nesse instante, eu ouvi uma voz e então transmiti para meu pai: — “O senhor naturalmente não está muito bem informado com respeito ao caso. O que houve foi um problema de nidação inadequada do ovo, de modo que…”

P: — Com 4 anos?

  — “… a criança adquiriu posição ectópica.”
Meu pai arregalou os olhos e disse para a minha mãe:
— “O que é isso, Maria? Esse menino não é o nosso. Trocaram essa criança na igreja, enquanto nós estávamos na confissão”; e me perguntou o que vinha a ser nidação, o que vinha a ser ectópico, o que vinha a ser implantação. Eu não sabia explicar coisa nenhuma porque, falei o que uma voz me dissera. Ele me olhou com muita desconfiança, e minha mãe comentou: — “Não, João, este menino é o nosso mesmo!”
— “Este menino não é o nosso. Até a roupa dele esta mudada!”
Então, minha mãe explicou: — “Eu mudei a roupa da criança agora, por causa do frio.”
Meu pai ficou naquela dúvida e as vozes começaram a trabalhar.

P: — Quantos anos tinha você, Chico?

  R: — Quatro anos de idade, eu me recordo perfeitamente.


23 — VIVÊNCIA COM O MUNDO ESPIRITUAL

P: — Depois desse primeiro contato, como é que aconteceu a continuidade do fato?

  R: — Passados alguns meses, minha mãe adoeceu, mas adoeceu gravemente, e como meu pai estava desempregado ela se preocupou com a nossa sorte, no caso de ocorrer o falecimento dela. Passou a perguntar às amigas, quais delas poderiam se incumbir do zelo de que nós necessitávamos. Às vésperas da partida da minha mãe, ela se sentindo muito mal, começou a chamar as amigas e a entregar os filhos, que eram oito dos quais eu era o penúltimo. Quando chegou a minha vez — eu estava com cinco anos — perguntei a ela:
— “Mas minha mãe, a senhora está me entregando para os outros?”

“Então, ela me disse: — Meu filho, eu não estou entregando você para os outros. Quero que você saiba que vou me ausentar daqui” — naturalmente ela dizia isso prevendo a morte próxima — “e seu pai está em dificuldade. Estou confiando seus irmãos para as amigas zelarem por eles, porque seu pai, no momento, não pode dispensar a atenção que vocês precisam. Você vai ficar com a nossa amiga dona Ritinha e vai gostar muito dela. Ela será muito boa e eu volto para buscar você.”

Naturalmente, sentindo que meu pai, muito moço ainda, necessitaria, provavelmente, de um segundo casamento, como, realmente, aconteceu, ela acrescentou:
— “Se eu não puder vir mais depressa, enviarei uma moça que possa ajudar a vocês. Mas se alguém disser que eu não volto mais, que eu estou morta, não acredite porque eu voltarei.”

P: — Que mulher sensacional, Chico. Como era o nome dela?

  R: — Maria João de Deus.

P: — Maria João de Deus, um nome adequado para uma pessoa que encaminha um filho para suportar a perda de uma mãe. Uma mulher extraordinária e só podia ter um filho maravilhoso como você.

  R: — Bondade sua, Hebe.

P: — Agora, Chico, você começou com essas manifestações com 4 anos, depois com 5 anos a segunda. E qual foi a atitude, por exemplo, dos sacerdotes católicos, com relação ao que você lhes confiava nas confissões?

  R: — Acompanhei, então, essa senhora, para a residência dela. Ela possuía um sobrinho, um rapazinho de treze anos, e passei a conviver com a família. O casal não tinha filhos, além desse sobrinho e filho adotivo. Essa senhora era excepcionalmente bondosa, mas, no meu caso, ela sentia uma certa necessidade de me surrar, vamos dizer assim.

P: — A Dona Ritinha?

  R: — A dona Ritinha. Esse sobrinho inventava coisas e eu achava que o menino era incapaz de inventar qualquer intriga. Então eu atribuía tudo aquilo ao capeta, porque minha mãe era muito católica e todas as noites nos ensinava orações, nos ensinava a orar com ela, os nove filhos de joelhos. Certa feita, era uma tarde, seis meses depois do falecimento da minha mãe — essa senhora, que me acolhera, tinha o hábito de passear às tardes com o esposo e o sobrinho, e eu ficava com a moça que ajudava na cozinha — eu me dirigi para umas bananeiras, ajoelhei-me e comecei a orar, repetindo as orações que minha mãe me ensinara, porque aquela senhora me dava muitas vezes três surras por dia e eram surras de vara de marmelo.

P: — Mas que coisa!

  R: — O menino criava os problemas, eu não podia me defender e no meu íntimo, já que eu não o via a fazer aquilo que ele fazia, eu acreditava que ele era de boa índole e atribuía tudo ao demônio.

P: — Você acreditava que ninguém pudesse fazer mal, porque você não era capaz de faze-lo!

  R: — Eu não acreditava que ele pudesse fazer e então apanhava de manhã, apanhava ao meio dia e apanhava à tarde.

P: — Tinha hora certa para apanhar!

  R: — Tinha tanta hora certa que de manhã, quando a moça, na cozinha, me falava: — “Chico, venha tomar café”, eu dizia: — “por enquanto não, eu vou esperar a minha madrinha levantar, para me bater primeiro.”

P: — Que judiação, meu Deus!

  R: — Antes da surra fatal eu não sentia o gosto do café. Então, esperava apanhar, porque, depois do couro…

P: — Aí já sabia que podia tomar o café.

  R: — … eu já sabia que podia tomar café.

P: — Até o meio-dia.

  R: — Até o meio-dia.

P: — Mas que coisa!

  R: — Então, uma tarde, minha mãe me apareceu e começou a conversar comigo. Respondi logo:
— “Ah! mas a senhora demorou! Por que a senhora nos deixou tanto tempo?” Para mim não havia dificuldade.

P: — Quantos anos tinha?

  R: — Cinco anos. Não havia dificuldades no meu cérebro, não havia dúvida filosófica, não havia discussão religiosa, e admitia o fato de minha mãe estar vivendo porque ela me dissera que voltaria. Aí, falei com ela:
— “A senhora não sabe como estamos lutando!…

Minha mãe prosseguiu:
— “Meu filho, no local onde estou, uma enfermeira me informou que você está querendo se queixar das surras, mas você deve apanhar com calma, porque isso vai lhe fazer muito bem.”
— “Leve-me com a senhora mamãe! Não me deixe mais aqui!…” foi o que roguei.
— “Agora não posso, porque vou para o hospital, não é?”

Quando a minha madrinha chegou, às oito horas da noite, de volta à casa, que eu contei que minha mãe tinha vindo, com aquela euforia, ela achou que eu havia enlouquecido e, então, apanhei mais ainda.

P: — Mas que coisa!

  R: — No outro dia, minha mãe tornou a aparecer e disse: — “Eu não quero que você minta, mas você não precisa dizer que eu estou lhe aparecendo.” De minha parte respondi: — “Mas estou apanhando muito! Olhe a minha pele como está!” — “A sua madrinha é sua instrutora” — disse ela — “você deve gostar muito dela.”

P: — Você conseguia gostar dela?

  R: — Quando criança temia a madrinha, ao invés de estimá-la. Mas, quando a idade foi chegando, compreendi o bem que ela me fez…

P: — Não era muito boa para você, mas era bondosa para muita gente?

  R: — Sim, ela era muito boa pessoa, mas seria talvez nervosa ou muito doente, em certas horas…


24 — AS MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS E OS SACERDOTES

P: — Chico, você, em algum tempo, sofreu hostilidade por parte das autoridades católicas ou evangélicas?

  R: — Nunca sofri hostilidade alguma. O padre que me confessou durante oito anos foi para mim um verdadeiro apóstolo. Auxiliou-me em tudo, amparou-me em tudo, aconselhou-me, abençoou-me, trouxe diretrizes para mim e quando a minha situação se tornou muito difícil, ele foi sempre um dos melhores amigos de minha vida. Deixou em mim recordações inesquecíveis.


25 — DELINQUÊNCIA E TERRORISMO

P: — Chico, justamente em função daquilo que eu disse na abertura do nosso programa, do que você emana de bondade da sua palavra, da paz que você transmite, eu gostaria de fazer uma pergunta para modificar, assim, o quadro do nosso diálogo. Que dizem os amigos espirituais sobre o problema da delinquência e terrorismo em nossos tempos?

  R: — Nosso Emmanuel, que tem estado sempre em contato intensivo conosco, sempre afirma que esse quadro de perturbações de nosso tempo é, em grande parte, devido à ausência da influência religiosa nas novas gerações. Precisamos encontrar um caminho de ajustamento da nossa alma à ideia de Deus e aos preceitos da Religião, quaisquer que sejam esses preceitos, que nos conduzam para o bem, a fim de que venhamos a encontrar o reequilíbrio de que estamos necessitando. A falta de ideia de Deus e a ausência da religião no pensamento da criatura, geram tendências à criminalidade, à violência, à subversão, a dificuldades que chegam, às vezes, até a loucura.

P: — Nós poderíamos saber, através de você, de algum modo, a causa profunda dos conflitos da nossa época?

  R: — Hebe, parece incrível, mas Emmanuel costuma dizer que a era tecnológica pretende, na essência, construir uma civilização sem as mães e isso é um erro muito grande, de modo que, criando dificuldades para a mulher e, especialmente, para a maternidade, estamos condenando a nós mesmos a muitas perturbações, porque a mulher sem apoio entra, naturalmente, em desespero, dando origem a determinadas teorias que não são aquelas do feminismo autêntico, aquele feminismo correto que prepara a mulher para a independência construtiva. Dizendo isso, cremos que será justo esquecer as teorias enfermas que levam a mulher à ilusões destrutivas, com as quais se compromete o equilíbrio do grupo social.

Precisamos realmente não reprovar o comportamento da mulher, e sim estudar por que meios conseguiremos auxiliar as nossas irmãs de humanidade, para que se sintam conscientizadas na responsabilidade de serem mulheres com encargos muito mais importantes do que os encargos atribuídos ao homem, porque o homem é a administração e a mulher é o lar, e sem o lar não sustentamos a cúpula com a segurança desejada.


26 — AUXÍLIO À MULHER

P: — Chico, de que maneira poderíamos, por exemplo, auxiliar a mulher para que ela cumpra, com mais segurança, os seus encargos?

  R: — Cremos que estamos numa época em que a proteção à maternidade deve ser promovida criteriosamente, com todas as minúcias possíveis, para que a mulher se sinta tranquila e contente dentro dos encargos da maternidade, mormente agora que temos a civilização ameaçada pelo bebê de proveta. Não podemos duvidar das afirmações científicas, mas também não podemos desprezar a necessidade de apoio às mães. Poder-se-ia criar, por exemplo, institutos de proteção à maternidade, em que a mulher-mãe, desta ou daquela procedência, pudesse observar-se amparada.

Não podemos esquecer que o Governo, magnânimo qual o nosso, criou o salário-família que já é uma bênção mas a mulher em si, a mulher-mãe, precisa de compreensão e apoio, para que, através de todas as vicissitudes da nossa Civilização, consiga ser mãe com a felicidade de se sentir mãe, conduzindo os filhos das nações para a civilização do futuro, quando esperamos a Humanidade melhor.


27 — AMOR LIVRE

P: — É um assunto interessante e que preocupa a nós mesmos o futuro dos nossos filhos, porque hoje em dia você vê a coisa está liberal demais. Eu gostaria, até, de entrar mais profundamente nesse assunto e saber a sua opinião, como espiritualista que é, a respeito de um problema que realmente preocupa a mãe, especialmente a que tem filhas mulheres, porque se fala e se propala sobre o amor livre e muitas vezes não sabem sequer o que é amor livre na acepção da palavra. Eu gostaria de ouvir a sua palavra a respeito disso. Como você vê o futuro assim tão liberto?

  R: — Eu espero que você me perdoe e mesmo aqueles que nos ouvem, se a minha palavra é ineficaz e mesmo destituída de qualquer valor para a solução do problema.

Temos ouvido de nossos Amigos Espirituais, que deveríamos educar os nossos filhos e descendentes, para que eles se conscientizem nas responsabilidades do amor, com mais educação para a vida afetiva, de modo a se sentirem mais seguros na vida afetiva, principalmente quanto ao relacionamento sexual.

Com respeito ao amor livre em si, estou recordando, neste momento, uma trova que nos foi transmitida, mediunicamente, pelo nosso grande poeta brasileiro Adelmar Tavares, que se distinguiu muito como trovador e foi, até, o Rei da Trova Brasileira.

Escrevendo por nosso intermédio, em Uberaba, no mês passado, ele psicografou uma trova concebida nestes termos:


   Amor livre, uma expressão,
Que vive a se contrapor;
Amor em si não é livre,
Se é livre, não é amor!


Adelmar Tavares


28 — REBELDIA DOS JOVENS

P: — Eu sinto, Chico, que a juventude de hoje não aceita assim uma espécie de imposição dos pais. Ainda recentemente, vi um casal muito amigo meu, que tem um casalzinho de filhos, e o pai, assim muito discretamente, disse: — “Meu filho, eu acho que você deveria fazer uma visita para fulano de tal.”

Então, ele virou-se, muito petulantezinho, com o nariz arrebitado, respondeu assim: — “Esse negócio de “deveria” não é comigo, pai. Eu acho que devo ir quando eu achar que devo!”

Quer dizer que eles não aceitam mais a palavra dos pais, não aceitam mais um caminho que o pai está mostrando. Por que será isso, Chico? Será que eles acham que têm que ter o seu mundo próprio, as suas deliberações e seus encaminhamentos? Será que eles estão no caminho certo?

  R: — Não podemos esquecer que os nossos amigos da juventude guardam o direito de serem eles mesmos e de se realizarem por si. Admitimos desse modo que estamos numa época de muito diálogo e de muito entendimento fora daqueles momentos em que acontecem os grandes desastres sentimentais. Dizemos isso porque quase que de modo absoluto, os pais — isso em nos referindo aos pais, no sentido de pais-homens — se dedicam e só têm entrada num entendimento mais longo com os filhos, numa ocasião de acidentes do coração. Precisamos dialogar com os nossos companheiros de juventude, para que se sintam responsáveis por eles mesmos, façam as suas próprias escolhas, tornando-se criaturas úteis ao campo que vieram para servir, que é o campo da humanidade, dentro do qual eles nasceram ou renasceram.

Atualmente, nesse sentido, vemos muitas dificuldades e distúrbios, porque o momento, obviamente, é de grandes transformações. Os próprios jovens estão vendo quantos desastres estão surgindo para todos aqueles que se sentem, ainda não livres, mas que querem ser demasiadamente livres do lar, dos pais, da família, da influência doméstica, antes de algum amadurecimento do raciocínio.

Os jornais estão repletos de informações em que tantos jovens-meninos têm caído em ciladas lastimáveis, por haverem abandonado a influência doméstica, sem maior consideração. Esperemos que nossos rapazes e meninas-moças pensem por si, porque não desejamos retirar deles a liberdade de serem eles mesmos.


29 — O JOVEM E O SOBRENATURAL

P: — Já que estamos falando do mundo jovem e acho que a sua palavra é, realmente, importantíssima para a nossa juventude, tenho aqui uma pergunta do jornalista Narciso Kalil, da Jovem Pan e da Revista “Grilo”. Ele fala, justamente, sobre os jovens e pergunta a você: “Chico, no mundo todo o pessoal jovem está se ligando em coisas do sobrenatural, do esotério, da metafísica. Por que isso não acontece no Brasil? Será que as entidades e organizações metafísicas não inspiram confiança aos jovens brasileiros?”

  R: — A pergunta é, naturalmente, muito respeitável, mas conhecemos centenas de jovens, para não dizer milhares, que estão se interessando, vivamente, por todos os assuntos da religião.

Há pouco, convidaram a mim, que nada sou, que não passo de um servidor humilde — humilde no sentido da desvalia pessoal — para debatermos, filosoficamente, assuntos religiosos da atualidade.

Estamos certos de que os jovens brasileiros continuarão aderindo a essa corrente cada vez mais ativa e mais intensa, em torno dos problemas da vida espiritual e em torno da fé em Deus.


30 — O ESPÍRITA E AS OUTRAS RELIGIÕES

P: — Eu me permiti trazer estas perguntas porque sabia que você não iria se furtar de respondê-las: O Chico de Assis, jornalista extraordinário, autor da “Missa Leiga”, uma peça teatral que fez grande sucesso aqui e na Europa, pergunta: — “Chico, como você vê o diálogo entre os espíritas e os fiéis de outras religiões, em termos ecumênicos?”

  R: — Em termos ecumênicos, naturalmente, será sempre em termos de respeito recíproco. Nessa base, creio que todos nós, os religiosos das diversas correntes do pensamento cristão, estaremos unidos em torno de Nosso Senhor Jesus-Cristo. Cremos que os espíritas, conquanto fiéis às interpretações de Allan Kardec, estarão, sempre dispostos ao diálogo e ao entendimento com todos, para que alcancemos soluções adequadas à nossa paz e à tranquilidade geral.


31 — CIÊNCIA E CRENÇA EM DEUS

P: — Outro repórter, este do “Jornal da Tarde” e Editor e Diretor Geral de Redação da Jovem Pan. É o Hamilton Almeida, que pergunta: — “Você acredita que a crença em Deus, a fé em si, sobreviverá à era da tecnologia?”

  R: — Sem dúvida, porque a inteligência do homem é filha da inteligência de Deus. Não podemos viver tão somente de inteligência. Precisamos de amor para sobrevivermos a todas as calamidades necessárias ao processo evolutivo em que todos estamos envolvidos na Terra.

Se cooperarmos para que o amor sobreviva, para que a mulher seja reposta em sua condição de tutora da vida na Terra, a quem Deus confiou o encargo de produzir a vida, com o auxílio do homem, aquela que recebeu a missão mais importante do Planeta, estamos certos de que, por intermédio do amor, a era tecnológica não será um deserto, um céu despovoado de alegria, porque não nos adianta estarmos rodeados de computadores que sabem o que há em Marte ou o que há em Júpiter, e vivermos aqui sedentos de carinho, morrendo à míngua de assistência espiritual.


32 — ALMA E VIAGENS INTERPLANETÁRIAS

P: — Nosso companheiro Fausto Canova, moço muito inteligente e que tem contribuído muito com seu programa em benefício dos ouvintes, manda perguntar: — “Você acredita que a alma pode ser deslocada, transportada para outro planeta que não o nosso, mesmo que seja outra galáxia, outro sistema?”

  R: — Os nossos Amigos Espirituais consideram isso possível, naturalmente em condições excepcionais, mas é um fato que se verifica, observando-se sempre que a criatura para isso deve estar num estado de grande elevação, para abandonar os seus implementos físicos e retornar ao corpo, depois de estudos especiais em outras regiões do Universo.


33 — REENCARNAÇÃO DE EMMANUEL

P: — Chico, uma pergunta do povo: — “Se um dia o seu grande guia Emmanuel reencarnar em outro corpo, como vai ser, Chico?”

  R: — Isso tem sido objeto de conversações entre ele e nós. Ele costuma dizer que nos espera no Além, para, em seguida, retomar a vida física, e até costuma me dizer: “Quando eu estiver na vida física e vocês estiverem fora do corpo físico, vocês vão ver como é difícil entrarmos em comunicação com vocês e como é difícil orientar os companheiros para o bem.” [Obs. Vide nota sobre a reencarnação de Emmanuel]


P: — Outra pergunta do povo: — “Chico Xavier, pode acontecer de alguém pretender contato com um Espírito e ele não poder atender porque está atendendo a outro aparelho?”

  R: — Na vida dos Santos, quais são os grandes heróis da cristandade, temos exemplos de grandes missionários do Evangelho de Jesus, que puderam interromper, por exemplo, uma prédica, para surgirem no corpo espiritual em outros locais determinando providências necessárias à proteção de criaturas injustiçadas.


34 — CRÍTICAS DA IMPRENSA

P: — Chico, eu sei que você foi muito criticado por um jornal, “O Pasquim”. Não sei se você tomou conhecimento, algumas vezes que você se apresentou na televisão. Ouvi, há poucos momentos, alguns dos nossos companheiros dizendo que você deveria, pelo menos, aparecer na televisão uma vez por mês, pelo bem que você transmite, pela bondade, enfim, tudo aquilo que eu já disse e não me canso de repetir todas as vezes, em todos os lugares em que estou. Como você se sentiu ser criticado por um grupo de jornalistas?

  R: — Os jornalistas do “Pasquim” foram até muito generosos comigo. Leio o “Pasquim” sempre que posso, com o máximo interesse. Admiro muitíssimo os nossos grandes jornalistas Ivan Lessa, Sérgio Augusto, Ziraldo que é filho de Caratinga, e nutro admiração muito grande pelo nosso Millôr Fernandes, que aparece sempre no “Pasquim”. Moço genial que é no Brasil uma inteligência enciclopédica. Naturalmente que eles possuem as ideias deles. Eu admiro muito os nossos grandes escritores.

Quanto a vir à televisão, como o nosso amigo lembrou, isso é muita bondade dele. Eu não mereço.

P: — É o que todo o mundo deseja.

  R: — Eu não mereço, Hebe, é muita bondade.

P: — Eu vou dizer a você: quando eu disse a alguns amigos jornalistas, inclusive eles me imploraram que eu dissesse o local onde iríamos fazer as entrevistas.

  R: — Eu tenho não somente carinho pelo seu programa, mas veneração, porque você sabe produzir cultura, dirigir as criaturas nos temas para o bem de todos, de modo que para mim vir ao seu encontro é um dever que me honra muito, que me traz muita felicidade; mas eu não me sinto capaz de aparecer em TV.


35 — A PROVA CIENTÍFICA DOS FENÔMENOS ESPIRITUAIS

P: — É sempre a modéstia de Chico Xavier, que é uma coisa fora do comum e que, cada dia que passa eu respeito ainda mais. Como você explica que até hoje nenhum cientista tenha feito uma prova científica, unanimemente aceita, dos fenômenos espirituais?

  R: — Nós, Hebe, encontramos sempre um conflito aparente entre ciência e religião. A religião caminha para Deus, ensinando, a ciência caminha para as novidades de Deus, estudando. As discussões se formam e a prova experimental do espírito do ponto de vista científico, é sempre mais difícil. Mas essa prova está sendo organizada pela própria ciência nos dias de hoje. Por exemplo, as provas fotográficas com a chamada câmara Kirlian, descoberta por um casal de estudiosos no norte da Europa, câmara essa que já está produzindo resultados muito promissores no Instituto de Parapsicologia aqui no Brasil, especialmente aqui em São Paulo, sob a direção do nosso distinto patrício Dr. Hernani Andrade enseja esperança muito grande para essa prova científica a ser unanimemente aceita. Estamos caminhando… Mas, também do ponto de vista religioso, você pode imaginar a reviravolta que vai haver no mundo, quase que uma violência do mundo espiritual em desfavor da Terra, se tivermos, de um dia para outro, uma demonstração tão autêntica que atinja as raias da violência? Isso não seria construtivo. Naturalmente, está no plano da Vida Superior preparar a nós outros, pouco a pouco, através de nossas experiências e de nossas provas, para conhecimento mais exato da sobrevivência além da morte.

Estamos convencidos de que a Parapsicologia, sem nenhuma ideia de fanatismo, como ciência pura de observação, alcançará resultados compensadores dentro de muito breve tempo. Sempre que a ciência entra em conflito com a religião ou crie qualquer problema de fanatismo dentro dela, essa prova a que nos referimos, vai ficando cada vez mais remota.

Esperemos, porém, confiantemente o futuro, porque precisamos da certeza de que a vida continua, certeza em favor de todos.


36 — DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL E PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL

P: — Chico, eu gostaria de fazer uma pergunta muito pessoal. Eu perdi meu pai, há dois anos. No começo eu chorava demais e diziam que a gente não devia chorar porque perturbava o Espírito dele. A partir daquilo eu passei a chorar menos e a pensar mais nele. Senti que, realmente, isso me trouxe mais tranquilidade. Acha você que quando a gente chora muito por um ente que nos deixou aqui, perturba o seu Espírito?

  R: — Geralmente, quando partimos da Terra, partimos em condições difíceis, sempre traumatizados por violenta saudade e essa saudade também fica do lado de cá.

Se persistirmos nas impressões de dor negativa, cultivando angústia interminada, isso se reflete sobre a pessoa que nós amamos.

Sem dúvida, o parente é nosso, a lágrima é uma herança nossa, sofremos e choramos, mas sempre que pudermos chorar escorados na fé em Deus, escorados na certeza de que vamos nos reencontrar, isso tranquiliza aquele ente amado que espera de nós um diálogo pacífico.

Creio que tudo aquilo que você fala com tanto amor, nas suas horas de maior sofrimento, ou que fala com tanto carinho junto às relíquias de seu venerado pai, em Gethsemani, n tudo isso alcança, pelos mais belos sentimentos, seu pai, porque vocês estão ligados.


37 — OS ESPÍRITOS E AS PROVAÇÕES COLETIVAS

P: — Chico, agora quero fazer uma pergunta talvez audaciosa. Havendo, segundo a Doutrina Espírita, Planos Espirituais Superiores, dispondo de notáveis poderes, como vocês explicam que eles não atuem para evitar A impedir as guerras e hecatombes que tanta repulsa causam a todos os Espíritos bem formados?

  R: — Certamente os Espíritos superiores interferem sempre, através do diálogo amoroso e pacífico que o mundo espiritual estabelece com os seres humanos, desde épocas imemoriais.

Tudo aquilo que conhecemos dentro da religião — os preceitos religiosos — são induções à paz e ao amor, que devemos cultivar uns com os outros, à estima recíproca, ao trabalho, ao progresso, à cultura, à não violência.

Se ocorrem, em nosso campo de criaturas humanas, determinados conflitos, isso ocorre à nossa conta, porque, claramente que o homem terá criado o robô, mas Deus criou o espírito humano, livre, herdeiro das qualidades divinas, e o homem — configurando aí o homem e a mulher — obviamente possui suas faculdades próprias de autodeterminação e por isso mesmo necessitamos compreender que todos defendemos uns aos outros, que a guerra é um estado anômalo dentro da Humanidade, que isso não deveria ocorrer e que quanto mais nos adiantarmos, mais longe ficaremos das guerras e mais perto do panorama das realizações divinas que nos esperam no mundo de amanhã.


38 — SOCIEDADE PERMISSIVA

P: — Por que há muita gente que condena a sociedade hoje considerada permissiva? Que diz você?

  R: — Vamos dizer que estamos com uma explosão demográfica no mundo, francamente inimaginável. Há 20 anos possuíamos, por exemplo, um Brasil com 40, 50 ou um pouco mais de milhões de pessoas. Hoje estamos com quase, vamos dizer, aproximadamente 100 milhões de brasileiros.

Decerto que são milhões aqueles que nascem hoje em condições psicológicas especialíssimas.

Não podemos estabelecer um critério absoluto de comportamento afetivo para todas as criaturas, em nos referindo a milhões e milhões de pessoas.

Aqueles que falam, condenando a sociedade chamada permissiva, poderiam entender que estamos criando uma sociedade compreensiva, porque só dentro da compreensão mútua é que atingiremos a paz a que nos referimos momentos antes.


39 — NECESSIDADE DA FAMÍLIA ORGANIZADA

P: — E você acha que o mundo conseguiria viver sem a família organizada?

  R: — Não acreditamos, porque sem a família organizada caminharíamos para a selva e isso não tem razão de ser. Admitimos que a família terá de fazer grandes aberturas, porque estamos aí com os anticoncepcionais, com os problemas psicológicos, com os conflitos da mente, com as exigências afetivas de várias nuances.

Os assuntos familiares assemelham-se hoje aos viajantes que transitam em determinada estrada. Com exagerado acúmulo de veículos construímos mais pistas, para que haja menos desastres. A família precisa abrir novas pistas de compreensão para que os componentes dela possam viver em regime de respeito recíproco, com os problemas de que são portadores, sem a agressão que tantas vezes se verifica, contra criaturas que sofrem aflitivos problemas dentro da constituição psicológica diferente da maioria.

Cremos que esses assuntos estarão presentes em simpósios da ciência, e aqueles que nos orientam, nos ajudarão a encontrar os caminhos necessários à paz, com o apoio da religião, em tempos muito próximos.

Nesse sentido, peço licença a você — apesar da resposta estar um pouco longa — para recordar aquela afirmação de São Paulo, no versículo nº 1, do Capítulo nº 2, da 1ª Epístola a Timóteo. Ele pede para que nós todos, cristãos, façamos preces pelos dirigentes e pelos nossos pastores, e por todos aqueles que administram os interesses do mundo, para que estejamos em paz. Roguemos a Deus para que as cúpulas das nossas comunidades estejam seguras, para que os nossos dirigentes, e os nossos pastores, seja em política, religião, ciência ou cultura, estejam afinados com as necessidades de atendimento da comunidade e que eles contem também, com o nosso respeito e colaboração para que possamos, pouco a pouco, resolver os nossos problemas.


40 — PSICOGRAFIA PELA TV

P: — Bem, Chico, acho que vou me atrever a pedir a você fazer a psicografia. Será possível?

  R: — Você está lembrando os programas anteriores. Vamos tentar. Se tivéssemos um pouco de música, isso poderia nos ajudar. Mas precisaríamos também de uma mesa e papel.

P: — Então vamos fazer o seguinte: enquanto nós preparamos essa mesa com o papel, tudo direitinho, vamos solicitar de nosso amigo telespectador que se prenda a nós, porque vamos fazer um pequeno intervalo comercial e depois voltaremos com o Chico, fazendo a sua mensagem psicografada.

  (Pausa)


41 — MENSAGEM

AMOR E SACRIFÍCIO


1 Não digas, alma irmã, que a Terra é triste.
A Terra, em toda parte, é iluminada escola
E a grandeza de Deus, em tudo quanto existe,
É a luz que apoia, cria, equilibra e consola.


2 Do resplendor solar aos abismos do mundo,
De Esfera a Esfera, em paz, a vida se confia
Ao sublime poder do amor terno e profundo
Que envolve a própria dor em perpétua alegria.


3 A Natureza inteira é sempre um livro aberto.
A noite dá medida ao tempo de alvorada,
Tudo é renovação, a campo descoberto,
Dos detritos do chão à abóbada estrelada.


4 Da rocha ei-la a surgir: a fonte viva e pura;
E, beijando o calhau que se lhe atira à face,
Estende no deserto impérios de verdura
Esparzindo a esperança em que a vida renasce.


5 Do lenho dado ao fogo o calor se derrama,
Faz-se a gleba jardim, ao golpe de tratores,
E uma simples semente acomodada à lama,
Transforma o próprio charco em berçário de flores.


6 Escuta, coração!… Perdoa, serve e aceita,
A lágrima por luz nas tarefas que esposas,
Sofrimento constrói a Harmonia Perfeita,
A treva aponta a estrela, os espinhos dão rosas!…


7 Só no amor há poder divino e incontroverso
Que abraça anjos e réus, santos, crentes e ateus,
E o amor em sacrifício é a força do Universo
Que revela a Bondade e a Presença de Deus.


Maria Dolores

P: — Dentro de sua grandeza ela disse exatamente aquilo que eu gostaria de dizer e acho que todas os nossos amigos sentem. Você, Chico, é uma criatura tão grande, tão grande que chega a ficar pequenino como uma criança, porque, realmente, a imagem é essa. A criança é tudo o que a gente mais sonha na vida. É a maior força que a mulher tem. A grandeza da criança que você representa, dentro da sua grandeza, da sua humildade, da sua majestade. Chico, tudo o que eu poderia dizer, para agradecer momentos que nós vivemos aqui neste programa, realmente seria pálido a então só posso dizer: Deus lhe pague!

  R: — Sou eu quem agradece.

P: — Eu gostaria, então, de terminar com uma prece, já que nós estamos num mundo de tanta violência, de tanta agressividade. Acho que prece é a melhor coisa que a gente pode fazer por aqueles que já se foram, por aqueles que estão e por aqueles que estão por chegar. Muito obrigada.

  (Pausa)


42 — PRECE

R: — Amado Jesus, nosso Divino Mestre e Senhor!

Agradecendo o encontro espiritual com a nossa Hebe Camargo, com os nossos amigos da equipe que colabora com ela, estamos endereçando a Ti, Senhor, o nosso reconhecimento e encerramos esse encontro.

Já que nos achamos assistidos pela presença de mães carinhosas, que nos rodeiam aqui, nós Te rogamos para que todas elas tenham bastante força para suportarem todos os problemas que lhes possam surgir, a fim de cumprirem a sagrada missão de que foram investidas!

Recordamos aquelas que nos deram o ser, que neste mundo ou fora dele velam por nós. Nós Te pedimos, Amado Jesus, abençoes a todas elas, as que nos deram a vida, que se sacrificaram por nós, as que esqueceram prazer, mocidade, conveniências e convenções para se fazerem nossas mães!

Nós Te rogamos por aquelas que conseguiram realizar os seus ideais e por todas as que sofreram tremendas renúncias, para se ajustarem aos encargos de que foram investidas; por aquelas, Amado Mestre, que muitas vezes trazem sobre o peito cruzes de ouro, lembrando a Tua Misericórdia, a trazerem o coração sob o peso das grandes cruzes de lágrimas; por aquelas outras que se encontram em penúria; por aquelas que guardam os filhos queridos nos sanatórios; por aquelas que se viram desvinculadas do amor deles, a golpes de violência, e que reclamam serenidade e compreensão para se reequilibrarem na vida; por aquelas que se sentiram mães, com a deserção dos companheiros aos quais se confiavam; por aquelas, Senhor, que trabalham, dia a dia, para buscarem o pão dos próprios filhos; por aquelas que amanhecem de coração atormentado sem saberem como resolver os problemas mais simples da vida, à luz do cotidiano!

Pedimos-Te por todas elas, Senhor, porque todas as mães são santas diante de Ti!

Amado Mestre, abençoa aquelas que nos amaram, que nos amam e que nos amarão sempre; aquelas em cujos corações colocaste um segredo de amor que ninguém decifra; aquelas que necessitam, cada vez mais de nosso apoio para nos dignificarem, guardando-nos a civilização, ajudando-nos a sermos nós mesmos!

Amado Jesus, abençoa-nos!

Abençoa a nossa Hebe, abençoa os nossos amigos presentes!

Abençoa-nos, Senhor, e despede-nos em Paz!

E que a Tua bondade, Amado Senhor Jesus Cristo, possa estar conosco, abençoando-nos, sustentando-nos, tolerando-nos e auxiliando-nos, hoje, agora e sempre!
Assim seja!


Francisco Cândido Xavier

Emmanuel



[3] Entrevista realizada por Hebe Camargo, a 17 de setembro de 1973, no Horto Florestal Paulistano, para o seu programa da TV Record, Canal 7, São Paulo.


[4] [Cemitério]


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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