1 Induzidos à intemperança mental, a explodir dentro de nós por vulcão de loucura, meditemos na Indulgência Divina, para que não venhamos a cair nos desajustes da intolerância.
2 Achávamo-nos, ontem, desarvorados e oprimidos no torvelinho das trevas.
3 O Senhor, porém, nos concedeu novo dia para recomeçar a grande ascensão à luz.
4 Estávamos paralíticos na recapitulação incessante de nossos desequilíbrios.
5 Restituiu-nos a faculdade do movimento com os pés e as mãos livres para o reequilíbrio que nos compete.
6 Sofríamos desilusão e cegueira.
7 Reformou-nos a esperança e a visão com que assimilamos as novas experiências.
8 Jazíamos desassisados na sombra.
9 Reconduziu-nos à posse da integridade espiritual.
10 Padecíamos a desesperação a desgovernar-nos o verbo, através de atitudes blasfematórias.
11 Investiu-nos, de novo, com o poder de falar acertadamente.
12 Vitimava-nos a surdez, nascida de nossa rebelião perante a Lei.
13 Dotou-nos de abençoados ouvidos com que possamos assinalar as novas lições do socorro espiritual.
14 Procedíamos à conta de infelizes alienados, nas regiões inferiores, materializando em torno de nós as telas dos próprios erros e eternizando assim, o contato com os desafetos de nossa própria vida.
15 Concedeu-nos, porém, a Divina Bondade a bênção do lar e da provação, da responsabilidade e do trabalho em comum, nos quais tornamos à associação com os nossos adversários do pretérito para convertê-los, ao sol do amor, em laços de elevação para o futuro.
16 Não olvides a tolerância de Jesus, o nosso Eterno Amigo, que nos suporta há milênios, amparando-nos o coração, através de mil modos, em cada passo do dia, e por gratidão a Ele que não vacilou em aceitar a própria cruz para testemunhar-nos benevolência, sejamos aprendizes autênticos da fraternidade, porquanto somente no perdão incondicional de nossas faltas recíprocas, conseguiremos atender-lhe ao apelo inolvidável:
— “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” ( † )
Emmanuel