1 Tombaste, enfim, cansado, vaso amigo.
Já não posso dizer-te: “luta e ama!” n
Companheiro sereno de meu drama,
Não sofreste no mundo, em vão, comigo.
2 Lâmpada que guardaste a etérea chama
Das dores que vivi… Roupa e jazigo…
Unindo as nossas lágrimas, prossigo n
Ante o porvir que a morte me reclama.
3 Parto agora, buscando novo ninho…
Não te deixo, porém, triste ou sozinho,
Nas surpresas que o túmulo descerra…
4 Mesmo atirado à sombra que se espalma,
Terás contigo os sonhos de minhalma,
Nas flores que te cobrem sobre a terra.
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