1 Alma, que um dia voltarás desperta
Do cárcere de sombra a que te enleias,
Despe, chorando, as últimas cadeias
Que te chumbam à estrada escura e incerta.
2 Foge à noite fatal que te acoberta
Nos prazeres da carne em que volteias.
Solta a esperança, além, na luz sem peias
E sonha a vida plena, enfim liberta!
3 Do ergástulo de angústia em que te agitas, n
Sob o fardo das lágrimas benditas,
Contempla os céus, fulgindo em primavera…
4 Cinge a humildade valorosa e boa
E encontrarás na dor que te abençoa
A divina alegria que te espera. n
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