“Pilatos, tornando a entrar, pois, no palácio, e tendo feito vir Jesus, lhe disse: Sois o rei dos Judeus? Jesus lhe respondeu: Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, minhas gentes teriam combatido para me impedir de cair nas mãos dos Judeus; mas meu reino não é aqui. Pilatos, então, lhe disse: Sois, pois, rei? Jesus lhe replicou: Vós o dissestes; eu sou rei; eu não nasci e nem vim a este mundo senão para testemunhar a verdade; qualquer que pertença à verdade escuta minha voz.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. II, item 1).
Quando ouvimos falar em renascimento, após a morte do corpo, é óbvio que isso significa continuidade da vida.
A Vida Futura já é, para nós, assunto familiar, embora não o seja para tantos outros.
Sem a certeza da continuidade da vida, não haveria razão de nos comportarmos, desta ou daquela maneira, no caminho do bem. Dentro de nossa Doutrina, não deixamos de fazer o mal, apenas por temor a Deus e, sim, porque compreendemos a verdade da vida baseada no estudo das provas de que a vida continua. E, neste momento, em que a humanidade se prepara para o terceiro milênio, ela precisa de provas e raciocínio lógico para ter a fé tão necessária.
Graças a Deus, o homem é, hoje, possuidor desta Doutrina maravilhosa que muda, totalmente, a maneira de se encarar esta e a outra vida.
Por isso, caminhamos felizes nesta escola necessária de aprimoramento e elevação espiritual, onde vemos tantos seres que ainda duvidam que a vida continua, tão voltados estão em se conduzirem calcados na ambição da matéria, como se fossem viver eternamente aqui na Terra. Paremos para pensar.
Não seria por crer na Vida do Além, que descuidaríamos desta. Muito pelo contrário, devemos procurar o nosso bem estar e, com ele, proporcionar o do nosso próximo, pois entendemos que, quanto mais nos é dado, mais nos será pedido em termos de caridade. Devemos dividir com o nosso semelhante, material e espiritualmente, o amor que o Alto nos proporciona.
Inacreditável para muitos, notamos que nossos entes queridos que se comunicam conosco, insistem em referir-se a detalhes de suas vidas, aqui neste Plano, com o intuito de nos mostrar a veracidade de suas palavras.
Em todas as cartas de Laurinho, através de sua “correspondência” pelo médium Chico Xavier, e que estão contidas em “Presença de Laurinho” [No livro impresso às páginas 94/95], “Gaveta de Esperança” e neste próprio volume, percebemos que, desde as primeiras cartas, todas elas são repletas de assuntos alegres, brincadeiras, chamadas de atenção e, também, de grandes pedidos de trabalho, paciência e amor. Será que há alguém que ainda duvide? Meditemos enquanto é tempo. A miséria, a fartura demasiada, as moléstias, as provações em massa, convidam-nos ao bem e alertam-nos para a compulsória viagem onde nos será solicitada a prestação de contas.
Meu Deus, ajude-nos a clarear as mentes. Não desejamos mais que o bem-estar de nossos irmãos, que não compreenderam a necessidade de melhorar a si próprios para poderem melhorar o mundo, tão carente de paz e amor.
E, por falta de raciocínio quanto às coisas do Alto é que, ainda, estamos aqui, por obra de uma Inteligência Superior que, apesar de tudo, nos proporciona o colorido das flores, o azul dos oceanos, a delicadeza das nuvens, o encanto da fauna, a grandiosidade da flora e a oportunidade de nos redimir.
Infeliz daquele que se apega somente à matéria, sem ao menos agradecer por ter nascido. Mesmo com todas as dores e sofrimentos que passamos, a Escola na qual conseguimos matrícula, por obra do Senhor, é por demais compensadora pelo benefício que podemos armazenar e transportar para o lado de lá. Na Espiritualidade, entenderemos que nossa evolução é necessária e contínua através dos tempos e que, mesmo que brademos por um retorno, somente a bondade de Deus nos proporcionará a dádiva de uma nova reencarnação, para que reparemos o bem que deixamos de fazer. Assim é que, nesta outra mensagem, nosso filho refere-se ao quarto ano de saudades. Saudades com o uso da razão; saudades compensadas pelo trabalho; saudades com lágrimas, mas sem revoltas; lágrimas de carinho que pedimos a Jesus sejam distribuídas como bênçãos a Laurinho, que tanto tem auxiliado nos trabalhos de consolação a corações amargurados e que tanto tem socorrido seus jovens irmãos desencarnados, cooperando em favor de notícias dos mesmos.
Atravessamos mais este ano, com a presença-ausente que consideramos, pela misericórdia de Deus, uma presença espiritual.
Feliz vida, meu filho, e parabéns pelo seu desempenho nesse lado.
Priscilla Pereira