1 Querida mãezinha Priscila e querida Lú, n estamos no quarto ano de saudades, mas não temos tempo de comemorar.
2 Renascimento na morte do corpo dispensa bolos e as velas são outras. Entretanto, contentamo-nos com as orações por nossa paz. E já é muito.
3 O Evaldo n faz de minhas palavras o mesmo recado à nossa irmã Eunice.
4 O Paulinho n e ele desejariam escrever para as mães queridas, Therezinha e Eunice, mas não temos mais telégrafos para movimentar. Se puderem, requisitem telefones em maior número, para que a gente consiga dialogar.
5 Penso nas instruções sobre eletricidade na Escola de Mococa e recordo minha queda ou mania por antenas. Contudo não tenho meios de criar os recursos a que me refiro. Precisamos de telégrafos resistentes, examinados e usados por muito tempo, a fim de que a mensagem fique clara e proveitosa. Em razão do que registro, não reclamem.
6 O Paulinho Cossi diz à nossa irmã Therezinha que os familiares foram bem recebidos. Tudo bem.
7 Querida Barata, n transmito um recado do Xalo, n o Antônio Carlos de Almeida, aos familiares, — ele pede para que estejam tranquilos.
8 Ninguém condene as motos. Carros, motos, vagões, aviões, carroças, charretes, cavalos e locomotivas, tudo vem a ser a mesma coisa quando a morte deve assinar presença.
9 O Ivan n também nos solicitou seja dito ao seu pai Bernardo, que vai seguindo bem e pede à mãezinha conformação e bênçãos.
10 Agora é o ponto final. Mais telefones ou mais telégrafos produzirão mais mensagens. Façamos uma concorrência e vejamos quais as firmas capazes de fornecer o material com mais vantagem.
11 Paz a todos os nossos e aos que não se acreditam nossos. É o melhor que lhes posso desejar.
12 Deus abençoe o entusiasmo da Lú no serviço do bem e que o amanhã nos encontre melhores do que hoje. Para o querido Pescador n e para a querida mamãe um beijão do
Laurinho
Grupo Espírita da Prece, 12 de dezembro de 1980. Uberaba, Minas Gerais.