1 Enquanto o mundo, lá fora,
Suporta rude tormenta,
Sob a discórdia violenta
Que sombra e angústia descerra,
2 Neste pouso de esperança,
Artistas e benfeitores
Espalham bênçãos e flores
Que afastem a dor da Terra.
3 Tantos convites à paz,
Que a fé reúne e condensa,
Para que a paz brilhe e vença,
Reconforta-nos ouvir…
4 Notando a vossa bondade,
Em que me inspiro e comovo,
Sentimos Jesus, de novo,
No presente e no porvir.
5 Soubestes ler a mensagem
Da Natureza divina,
O Sol jamais raciocina
Para dar luz e calor;
6 A fonte serve sem paga,
O ar é um brinde opulento
Que verte do firmamento
Em oceanos de amor.
7 As árvores generosas,
Tanto aos homens, quanto aos brutos,
Entregam seus próprios frutos,
Diferentes, tais quais são;
8 Os pássaros, onde surgem,
Usando requinte de arte,
Exaltam, em toda parte,
A força da Criação.
9 Também vós, no excelso câmbio
Do Bem que traz a alegria,
Que, sobretudo, alivia
Tantos pais e tantas mães,
10 Guardais convosco os prodígios,
Na química do talento,
Que amparam o sofrimento,
Trocando rosas por pães!…
11 Acendestes com bondade,
No fulgor da inteligência,
A luz da beneficência,
Corações amados meus!…
12 A vossa festa de auxílio,
Tão-só por si nos revela
Que a vida é sempre mais bela,
Buscando a Bênção de Deus.
Maria Dolores
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