1 Quando Jesus nos convocou à perfeição, n conhecia claramente a carga de falhas e deficiências de que estamos ainda debitados perante a Contabilidade da Vida.
2 Urge, assim, penetrar o sentido de semelhante convite, aceitando, de nossa parte, a sublime iniciação.
3 Na subida áspera em demanda aos valores eternos, as Leis do Universo não nos reclamam qualquer ostentação de grandeza espiritual. Criaturas em laboriosa marcha na senda evolutiva, atendamos, desse modo, aos alicerces do aprendizado.
4 Nas horas de crise, os Estatutos Divinos não nos rogam certidões de superioridade a raiarem pela indiferença, e sim, que saibamos sofrê-las com reflexão e dignidade, assimilando os avisos da experiência.
5 Renteando com injúrias e zombarias, as Instruções do Senhor não exigem de nós a máscara da impassibilidade, e sim, que as vençamos de ânimo forte, assimilando-lhes a passagem com a bênção da compreensão fraternal.
6 Defrontados por tentações, a vida não espera que estejamos diante delas, em regime de anestesia, e sim, que busquemos neutralizá-las com paciência e coragem, entesourando os ensinos de que se façam mensageiras, em nosso próprio favor.
7 Desafiados pelas piores desilusões, não nos pedem os Regulamentos da Eternidade qualquer testemunho de aridez moral, e sim, que diligenciemos esquecê-las sem a menor manifestação de desânimo, abraçando mais amplas demonstrações de serviço.
8 Abstenhamo-nos de adornar a existência com expectações ilusórias. 9 Somos criaturas humanas, a caminho da sublimação necessária e, nessa condição, errar e corrigir-nos para acertar sempre mais são impositivos de nosso roteiro. 10 Conquanto, isso, porém, permaneçamos convencidos, desde hoje, de que se por agora não nos é possível envergar a túnica dos anjos, podemos e devemos matricular-nos na escola dos Espíritos bons.
Emmanuel
[1]
“Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.” — Jesus (Mateus, 5.48)