1 Aprendamos a ver nas realidades supremas do Espírito, para que a ofensa não se converta em obstáculo anestesiante de nossas energias no caminho espiritual.
2 Observemos a natureza.
O lavrador parece ironizar a semente, impondo-lhe a solidão na cova fria, mas a semente reage, transformando-se em flor e fruto, a sustentar-lhe o celeiro.
3 O escultor parece ferir o mármore, aplicando-lhe perfurantes golpes de buril, mas a pedra responde, oferecendo-lhe a obra-prima a imortalizar-lhe o nome.
4 O artífice parece condenar o tronco bruto à extrema crueldade, desbastando-lhe o corpo, entretanto, a madeira dá forma a utilidades mil, reconfortando-lhe o templo doméstico.
5 É preciso compreender na ofensa recebida essa ou aquela oportunidade de triunfo sobre nós mesmos.
6 Sem dificuldade, ninguém consegue aferir as próprias conquistas; sem luta, o mérito é simples palavra ornamental.
7 Lembremo-nos de que o Mestre Inesquecível recebeu a ofensa da morte na cruz, transubstanciando-a em luminosa ressurreição.
8 Do escuro menosprezo da Terra fez Jesus o caminho radiante para os Céus.
9 Não te esqueças de semelhante verdade e faze do golpe que recebeste no cotidiano, abençoado motivo de progresso e renovação.
Emmanuel