1. — A miopia do desânimo.
1 Desejamos a todos a paz e os bens de Deus, estendendo-os muito especialmente ao âmbito do coração.
2 Não nos sintamos aniquilados, no turbilhão de amarguras maternais.
3 Conhecemos, de sobra, todo o mapa de obrigações cristãs, dispensando conselhos, mas é sempre doce a possibilidade de permutar os pensamentos de energia, conforto e consolação.
4 O desânimo nas supostas derrotas impede a visão da vitória real.
4 Aí no mundo, tudo é ilusório demais para que nos percamos em dores destruidoras.
2. — Material de construção.
1 O sofrimento é bom como o material com que se edifica uma casa. É preciso não desprezá-lo, com o recolhimento do coração, em sombras frias.
2 Tenhamos força e atiremo-nos à obra. 3 As angústias de mãe não se extinguem com a morte do corpo.
4 Ver um filho partir ao chamado da Providência não é infortúnio irremediável. Concordamos em que a separação é amarga sempre, todavia, não se deve esquecer as finalidades e os objetivos. Devemos alcançar esta compreensão e colocar a vontade de Deus em plano superior aos nossos caprichos próprios.
3. — Estejamos atentos.
1 Estejamos atentos naquilo que o Pai Celestial reclama de nossos corações. 2 Deus é, sobretudo, Pai, que conhece as nossas necessidades mais ínfimas. 3 Mais tarde, haveremos de penetrar os meandros do romance das vidas passadas e então as mágoas de agora nos parecerão minúsculas, em face de nossos débitos. Resgatá-los, a pouco e pouco, deve constituir para nós uma alegria suprema.
4 Nossos livros espirituais andam manchados com dívidas escabrosas. Não será razoável que lavemos suas folhas com as nossas lágrimas? Entretanto, não é justo que essas lágrimas se transformem em forças destrutivas.
4. — A água renovada do espírito.
1 O ato de chorar deve ligar-se muito mais ao júbilo do reconhecimento, que à necessidade de súplica, condizente com as nossas misérias.
2 Por isso mesmo, esperemos em Jesus a transformação de nosso pranto em água renovada do espírito.
5. — Recordações úteis.
1 Não lamentemos o vácuo que a separação dos rebentos queridos nos abriu n’alma sensível; a questão será a de sabê-los necessitados da ajuda de nossas preces e dos pensamentos alegres que recordem suas presenças queridas em nossos corações.
Margarida