O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Revista espírita — Ano IX — Julho de 1866.

(Idioma francês)

POESIA ESPÍRITA


A prece pelos Espíritos.

(Sociedade de Paris,  †  4 de maio de 1866. – Médium: Sr. V…)

Estou muito tocado, ó filho, por te achar

Às minhas ordens pois, e em prece a me invocar,

E ativo reprovar a lógica falaz

E os argumentos vãos de uma seita mordaz,

Que o Espírito supõe só cumprir um dever

Em vindo à tua voz, bem feliz de o poder,

Submisso a tua lei, fugir e deixar logo

A morada do mundo em que se vive a rogo,

De ultrapassar enfim infinitos recantos

Que entristecem bem mais que por mortos os prantos.

Grandes nomes eis pois e com frases pomposas.

Mas se vem revelar coisas maravilhosas

Dos mundos em menção, abrir os horizontes

Dos tempos, e ensinar lições em longas fontes,

Todo o princípio e fim de tua alma imortal,

Da grandeza de Deus, seu poder eternal,

A justiça infinita e seu sublime amor,

Em paga, tu dirás, nobre gracejador,

Se ele um dia rogar-te uma pequena prece,

Exigente será se às vezes se aborrece

Só por ter de pagar pequenino favor,

És visto, suplicante, anular o pudor

E tanto mendigar como um pobre mendigo,

Suspirar pelo pão que nutre a vida, o trigo?

Oh! crê-me, caro filho, é três vezes desgraça!

Aquele pois que então olvida a dor que passa

E as lágrimas cruéis deste mundo invisível,

Ouvindo a nossa voz permanece insensível,

        E de joelhos não vem

        Por nós orar também.


Casimir Delavigne. n


Allan Kardec.



Paris. – Typ. de Rouge frères, Dunon et Fresné, rue du Four-Saint-Germain,  †  43.


[1] [v. Casimir Delavigne.]


Abrir