Daqui em diante publicaremos regularmente o relato das sessões da Sociedade. Esperávamos fazê-lo a partir deste número, mas a abundância de matérias nos obriga a adiá-lo para a próxima edição. Os sócios que não residem em Paris e os membros correspondentes poderão, assim, acompanhar os trabalhos da Sociedade. Hoje limitamo-nos a dizer que o Sr. Allan Kardec, a despeito da intenção expressa em seu discurso de encerramento — de renunciar à presidência, n quando da renovação de sua diretoria — foi reeleito por unanimidade, à exceção de um voto contrário e uma abstenção.
Ele julgou deselegante sustentar essa decisão diante de um testemunho deveras lisonjeiro. Contudo, só o aceitou condicionalmente e sob reserva expressa de demitir-se de suas funções no momento em que a Sociedade estivesse em condições de oferecer a presidência a alguém, cujo nome e posição social fossem capazes de imprimir-lhe maior relevo. Seu desejo era poder consagrar todo o seu tempo aos trabalhos e aos estudos que vem desenvolvendo.
[1] N. do T.: Parece que esse momento jamais chegaria, pois Allan Kardec, mau grado seu, permaneceu à frente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas até a sua desencarnação, em 1869.